A Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol) foi criada em 1923 na cidade de Viena (Áustria) e tem por objetivo combater diversos tipos de crimes por meio da associação de agências de aplicação da lei de muitos países. Basicamente, a organização serve de elo entre os aplicadores da lei de um país com os de outro, ou seja, é uma espécie de "ponte" entre os países em prol do combate ao crime.
Neste ano, a Organização estará pela primeira vez da história nas mãos de um brasileiro. O maranhense Valdecy Urquiza, 43, será confirmado em novembro como secretário-geral da Interpol, cargo máximo ocupado pela maior organização policial do mundo.
Atualmente o órgão que conta com 196 membros recebe pela primeira vez o primeiro cidadão de um país em desenvolvimento a chefiar o órgão. Em 100 anos de existência, a instituição teve apenas oito secretários-gerais: um austríaco, quatro franceses, um britânico, um alemão e um estadunidense.
Quem é o brasileiro que vai chefiar a Interpol?
Maranhense de São Luís, Urquiza é graduado em Direito e ingressou na PF em 2004 por concurso. No ano de 2007, iniciou as atividades à frente da delegacia de crimes ambientais.
O interesse do brasileiro pela carreira à cooperação internacional surgiu quando Urquiza se deparou com crimes que envolviam a atuação de criminosos em vários países, como fraudes cibernéticas e lavagem de dinheiro.
Quer mais notícias sobre Mundo? Acesse nosso canal no WhatsApp
No ano de 2025, o delegado assumiu o escritório nacional da Interpol no Brasil. Três anos após, transferiu-se para a França, na sede da organização onde atuou como diretor-adjunto para comunidades vulneráveis e diretor de combate ao crime organizado na Secretaria-geral.
A prioridade é combater o abuso infantil
O delegado diz que terá como prioridade o combate, em escala global, do abuso infantil on-line e levar aos países em desenvolvimento, novas tecnologias de combate ao crime. “Um dos temas que mais tem se destacado é justamente a exploração sexual de crianças através da internet. E isso exige uma resposta global”, afirmou.
Ele acredita que a experiência como delegado da Polícia federal o levará a melhorar ainda mais a gestão da organização.
“A Polícia Federal consegue alcançar muito com poucos recursos. É um nível de eficiência acima da média, e o comprometimento dos profissionais também é bem acima da média.”, concluiu.
Seja sempre o primeiro a ficar bem informado, entre no nosso canal de notícias no WhatsApp e Telegram. Para mais informações sobre os canais do WhatsApp e seguir outros canais do DOL. Acesse: dol.com.br/n/828815.
Comentar