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Feirantes do Guamá e Jurunas trabalham em péssimas condições

Trabalhadores reclamam que falta de saneamento e climatização, além do lixo em excesso afastam clientes e tornam o dia a dia de trabalho mais difícil. Reformas que deveriam ser entregues viraram só promessas

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Imagem ilustrativa da notícia Feirantes do Guamá e Jurunas trabalham em péssimas condições camera No Jurunas, feirantes trabalham em condições ruins, esperando por reforma que não termina | Mauro Ângelo

Os feirantes que atuam em feiras nos bairros do Guamá e Jurunas enfrentam inúmeras dificuldades para exercer a atividade nos locais. No Mercado Municipal do Guamá, por exemplo, os esgotos estão entupidos e jorram para a calçada dificultando o ir e vir dos pedestres. Um dos bueiros destampados foi coberto com uma carcaça de geladeira. A iniciativa foi dos próprios feirantes com o intuito de minimizar os constantes acidentes registrados no local.

Outro problema é a falta de limpeza e dedetização do espaço, conforme explicou Maria Azevedo, 53 anos, que trabalha ali há 2 anos. “A limpeza e a dedetização do mercado não estão sendo feitas. Tinha que ter mais lixeiras também. A dedetização deveria ser feita pelo menos duas vezes no ano. Aparecem baratas, insetos. Os esgotos estão entupidos, quando chove aquela água suja transborda aqui”, disse.

Moradora do bairro e cliente da feira, a dona de casa Benedita dos Santos, 61, se incomoda com a sujeira e com o calor, uma vez que não existe ventilação interna no mercado. Ou seja, o ambiente é quente e abafado. “Tem que melhorar tudo. É um fedor, uma imundície. Não tem higiene nenhuma. E é muito quente. Deveria ser mais ventilado e que dessem condições melhores para os feirantes trabalharem”, reclamou.

No Guamá, calor e falta de estrutura geram reclamações de trabalhadores e clientes
📷 No Guamá, calor e falta de estrutura geram reclamações de trabalhadores e clientes |Mauro Ângelo

Fora do mercado, a feira do Guamá funciona de forma desordenada com barracas instaladas nas calçadas e nas bordas das vias. Além de não usufruírem de conforto, sejam os feirantes e/ou clientes – o dia a dia das pessoas é enfrentar sol e chuva, poeira e sujeira –, a população ainda corre o risco de acidentes de trânsito.

Uma dessas pessoas é a feirante Maria Palheta, 50, que trabalha em um carro posicionado na esquina da Avenida José Bonifácio com a Rua Barão de Igarapé-Miri, um local bastante movimentado e de trânsito intenso. “É complicado trabalhar aqui, o carro fica no meio da rua. Mas é o único espaço que a gente encontrou para trabalhar. É arriscado tanto para nós quanto para os clientes. Às vezes passam vans que só faltam levar o carro. Não temos espaço, segurança, higiene, nada. Seria ótimo se cada um tivesse seu espaço”, desabafou a mulher.

JURUNAS

No Jurunas, a revitalização do complexo de feiras que leva o nome do bairro, na Avenida Bernardo Sayão, já se arrasta há quase dois anos. De acordo com os feirantes do local, o prazo de entrega era para o mês de julho deste ano. Mas foi prorrogado e agora a previsão é de que o espaço seja devolvido aos trabalhadores no período entre 10 a 20 deste mês. A incerteza causa preocupação a muitos, que temem a chegada do período chuvoso.

“Deram previsão do dia 10 até 20. Não sabemos nem se está tudo pronto. Só o representante pode entrar lá. A gente gostaria de entrar antes do Natal, porque vai chegar essa época de chuva e vamos pegar chuva aqui. Não vemos a hora de entrar para poder ter um conforto. Já pensou a gente numa chuva aqui e trabalhar todo molhado? Assim que começar o inverno vai ser feio, alaga, e a gente tem que cobrir a mercadoria”, relatou Maria José da Conceição, 61, há 5 anos no complexo.

Por outro lado, há trabalhadores que sequer tem a garantia de um ponto para trabalhar no complexo. Uma dessas pessoas é a feirante Regina Pereira, 57, que trabalha há 30 anos no lado externo e sonha com um espaço no local que está sendo revitalizado. “Sempre trabalhei fora e agora quero entrar para sair dessa lama. Aqui ninguém fala com a gente, não nos comunicam nada. Não dão uma posição se vai ou não. Mas a gente tem direito. Criei todos os meus filhos trabalhando aqui”, afirmou.

A reportagem tentou contato com a Prefeitura de Belém sobre a situação, mas não teve retorno.

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