Comerciantes esperam pelas vendas do Dia dos Namorados

Agradar o amor no dia mais comemorado pelos casais ainda é uma forma de garantir a duração da relação e para isso uma boa lembrança pode fazer a diferença.

A procura por presentes para o dia dos namorados ainda não aqueceu o movimento nas lojas do centro comercial de Belém e também dos shoppings centers. Os lojistas estimam que as vendas devem aumentar somente a partir de sexta-feira (11). Por enquanto, apenas os sexys shops estão comemorando um aumento de vendas, mas na modalidade delivery. De maneira geral, A Confederação Nacional do Comércio, Bens, Serviços e Turismo (CNC) estima que as lojas de varejo devem movimentar R$ 1,65 bilhão em vendas, este ano - cerca de 2,5% a mais que em 2020.

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Nas lojas de rua do comércio da capital, os lojistas ainda estão divididos entre os artigos, acessórios e roupas da quadra junina e o dia dos namorados. Por lá, ainda são bem poucas as lojas que estejam com um marketing específico para os casais apaixonados. Quase não se vê promoções ou anúncios de liquidações, por exemplo.

As lojas que ainda montaram uma decoração para ocasião são justamente as que vendem artigos de decoração, entre eles balões em formatos de coração. “Está fraco ainda. Espero que melhore no decorrer da semana”, comentou a vendedora Jéssica Andrade, 24 anos. Ela trabalha numa loja de roupas e reclama do baixo movimento. “Aqui temos peças para homens e mulheres, preços populares, mas pouca gente comprando. A gente vê movimento na rua, só que não é de gente fazendo compras por aqui”, observou.

Em contrapartida, nos shoppings centers, os lojistas já começaram a preparar a vitrine para o dia 12 de junho. Balões, corações e frases de amor têm sido usados para atrair os pombinhos que estão à procura de presentes para a pessoa amada. Perfumes, roupas, bijuterias, canecas, acessórios para celular estão nas vitrines para chamar a atenção dos namorados. As promoções de desconto chegam a 15% nas compras à vista.

Thaissa Ferreira trabalha numa loja de bijuterias e acredita que, a julgar pela cultura dos brasileiros, a procura pelos presentes vai aumentar na sexta-feira, véspera do dia dos namorados. “Na verdade, esse é o fluxo normal dos shoppings quando não está no período de fim de ano. As vendas aquecem no fim de semana, a partir da sexta-feira. Considerando a data, certamente os clientes virão em cima da hora”, comentou.

O casal Maurício Souza, 42, e Silvia Tavares, 35, não vão passar o dia dos namorados em Belém. Irão viajar hoje, inclusive, mas ontem (7), passaram no shopping para comprar o presente antecipadamente. Os dois escolheram trocar perfumes. “Cheiros marcam muito e a gente gosta disso, de presentear com algo que mexem com os sentidos”, disse Silvia. “A surpresa está quando a gente escolhe uma fragrância que lembra a outra pessoa”, prosseguiu.

OUSADIA

O único segmento varejista que não tem o que reclamar quanto ao movimento de vendas é o dos sexys shops. As lojas abusaram nas cores, luzes e ornamentação das vitrines. “Com a pandemia implantamos o serviço delivery e desde a semana passada as vendas têm aumentado. Os clientes deixam claro que é presente pelo dia dos namorados porque pedem embalagens de presentes ou, às vezes, pedem sugestões do que comprar”, disse a consultora Nívea Ferreira.

Nivea trabalha num sexy shop que funciona dentro de um shopping center, no centro de Belém. Entre os itens que mais procurados para presentes, estão lingeries e fantasias. “Os cosméticos (óleos, perfumes e gel) têm saído muito nestes últimos dias principalmente os que contêm ingredientes regionais como o jambu”, acrescenta. Questionada se esta é a melhor data para o segmento, ela responde que não tem dúvidas. “Posso dizer que é um segmento em crescimento. As pessoas estão redescobrindo o universo do prazer, quebrando tabus e você comprar um presente num sexy shop é sinal de que você quer dar um ‘plus’ na relação”, completou Nívea. “A gente vai comparar o faturamento com o do ano passado, mas por enquanto já percebemos que está maior, sim”, concluiu.