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DEU PÃES COM CHUMBINHO

Homem é condenado a 108 anos por envenenar crianças no Pará

Seis crianças foram envenenadas com "chumbinho". Uma delas não resistiu e morreu. O caso aconteceu em 2018, em Paragominas, no sudeste paraense.

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Imagem ilustrativa da notícia Homem é condenado a 108 anos por envenenar crianças no Pará camera O homem colocou chumbinho no pão para envenenar as crianças. | Reprodução

Um crime bárbaro chocou os moradores de Paragominas, no sudeste paraense. Um homem de 48 anos, na época, envenenou com aldicarbe, mais conhecido como “chumbinho”, seis crianças, por vingança.

De acordo com informações do Ministério Público do Estado do Pará (MPPA), o homem preparou pães com manteiga e veneno para oferecer às crianças. Todas as vítimas eram da mesma família e tinham parentesco com a ex-companheira do réu. Ele cometeu o crime por não aceitar o fim do relacionamento. Uma das vítimas, de apenas cinco anos, não resistiu e morreu. As outras receberam alta após atendimento médico.

Na última quinta-feira (28), ocorreu o julgamento, em Paragominas, a respeito do crime bárbaro que aconteceu em 2018.

O julgamento foi realizado pelo Tribunal do Júri, presidido pelo juiz de Direito David Guilherme de Paiva Albano. O homem foi condenado por homicídio duplamente qualificado, por motivo fútil e com emprego de veneno, pela criança que veio a óbito, e por tentativa de homicídio com as mesmas qualificadoras para as demais vítimas que sobreviveram. Destaca-se que há excessivo grau de culpabilidade, tendo em vista a premeditação e malícia com que o réu agiu. O motivo e as circunstâncias do crime também são agravantes, pois o autor do crime tinha relação familiar e de confiança com as vítimas. Além disso, o envenenamento e o fato de ser um crime contra crianças também são sérios agravantes.

A pena total foi definida em 108 anos e oito meses de reclusão. O réu deverá iniciar o cumprimento da pena em regime fechado, considerando a quantidade de pena aplicada e, dada a conjuntura atual, ser nocivo à sociedade, merecendo uma reprimenda maior e uma resposta eficiente do poder Judiciário. O juiz também manteve a prisão preventiva e negou o direito de recorrer em liberdade.

O julgamento que acabou às 20h contou com representantes do Ministério Público do Estado do Pará (MPPA), os promotores de Justiça Alan Johnes Lira Feitosa e Aline Neiva Alves da Silva.

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