Uma em cada quatro mulheres acima de 16 anos afirma ter sofrido algum tipo de violência no último ano no Brasil, de acordo com uma pesquisa do Instituto Datafolha encomendada pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP).
Desta forma, 17 milhões de mulheres (24,4%) sofreram violência física, psicológica ou sexual no último ano. A porcentagem representa estabilidade em relação à última pesquisa, de 2019, quando 27,4% afirmaram ter sofrido alguma agressão.
No último sábado (27), um flagrante de agressão a uma mulher revoltou quem passava pela Travessa Três de Maio próximo a Avenida Governador José Malcher, no bairro de São Brás, em Belém.
Uma mulher, que passava pelo local, flagrou o momento em que Albelly Izabel Pereira de Sousa, de 41 anos, grita desesperadamente por socorro enquanto é segurada pelo companheiro, o empresário Antônio Carlos Coelho Martins, dentro de um carro.
PERDEU O DAS
Antônio Carlos Coelho Martins é agente parlamentar de serviços externos, lotado na Escola do Legislativo, da Assembleia Legislativa do Estado do Pará (Alepa), com salário de R$ 3.714,94.
A Escola do Legislativo realiza cursos de capacitação e aperfeiçoamento para os servidores da Alepa. Antônio Carlos acompanha agendamento de audiências com autoridades e reuniões com a sociedade civil.
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HISTÓRICO DE AGRESSÕES
A reportagem do DOL, divulgou com exclusividade, que Antônio Carlos, já possui duas medidas protetivas pedidas por duas ex-companheiras do empresário, ambas pelo crime de violência doméstica em 2017, deferida pelo Juiz de Direito, Titular da 2ª Vara de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher, Mauricio Ponte Ferreira de Souza. E outra em agosto de 2020, deferida pela 1ª Vara de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher, assinada pelo Juiz Otávio dos Santos Albuquerque.
REPERCUSÃO
De acordo com a deputada estadual Marinor Brito (Psol), “a pedido da Procuradoria da Mulher da Alepa, o servidor Antônio Carlos Martins, flagrado agredindo a mulher no trânsito na nossa capital, foi exonerado da Alepa. Enquanto membro da Procuradoria, me solidarizo à vítima, e reafirmo a defesa dos direitos das mulheres no Pará.” confirmou a parlamentar em uma rede social
Marinor Brito (PSOL) disse ainda que “a violência contra a mulher virou uma coisa corriqueira no Pará e que não vai se calar. Amanhã vou chamar uma reunião com as mulheres procuradoras, para fazer uma ação conjunta”, comentou.
A parlamentar confirmou também que já entrou com pedido de providências do Ministério Público na semana passada, contra o médico que assediou uma aluna durante aula em uma faculdade particular de Belém.
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A Deputada Professora Nilse (Republicanos), oficializou na última segunda-feira (29) um pedido de providências ao Ministério Público do Pará pela procuradoria sobre ambos os casos. “Tá aí dois casos nas redes sociais e a gente precisa tomar providências”, disse a parlamentar em vídeo publicado nas redes sociais.
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