Vinícius Gonçalves Aguiar, de 20 anos, foi morto a tiros quando saia de um terreiro de religião africana. Para a Polícia Civil, a morte dele foi uma execução.
O crime aconteceu no dia 20 de março. Vinícius Gonçalves foi morto com um tiro na nuca, um no braço e outro na perna, por um criminoso que estava em um carro prata, na passagem Santa Helena, no bairro do Guamá.
Uma semana depois do homicídio, na manhã deste domingo (27), amigos e familiares de Vinícius realizaram um protesto em frente à emissora RedeTV, no bairro do Marco, em Belém, pedindo justiça e reparação para Vinícius. Eles se manifestarão contra uma reportagem que foi ao ar em um programa da emissora que mostrou Vinícius como bandido.
“[...] o conteúdo do programa ALERTA PARÁ que, na última segunda-feira, dia 21, divulgou uma matéria com informações errôneas sobre o caso de Vinícius Gonçalves. Nessa reportagem eles usam a foto de outra pessoa e associam ao Vinícius, além de colocá-lo como criminoso”, diz a postagem publicada em rede social.
Vinícius era conhecido como “Taata Kimbelenkosi”, sacerdote do tradicional terreiro Mansu Nangetu. Na noite do crime, ele estava em um evento comemorativo em um terreiro, comemorando o aniversário de uma criança. Ele então saiu do lugar, na companhia de um frequentador do local, quando acabou sofrendo a emboscada.
“Vinícius completaria 21 anos no dia 03/04. Filho, neto, irmão, tio e amigo, que deixa saudades. Ele não pode se tornar mais um dado para a estatística dos jovens negros de terreiro mortos na periferia, ele não tinha histórico nenhum de envolvimento com drogas ou criminosos e foi vítima de um "poder paralelo", de uma distorção da sua imagem, e principalmente, de forma abrupta teve sua vida ceifada”.
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