De janeiro a agosto de 2021, o Pará reduziu em 22% os casos de crime de estupro contra crianças e adolescentes, se comparados ao mesmo período do ano passado. Os dados da Secretaria de Inteligência e Analise Criminal (Siac), da Segup, mostram o êxito das estratégias de enfrentamento aos crimes que atingem os grupos vulneráveis em todo o Estado, por meio de ações conjuntas de apoio e combate à criminalidade contra menores.
Atualmente, o Código Penal brasileiro prevê pena de 6 a 14 anos de prisão para quem cometer esse tipo de crime. Se o crime resultar em lesão corporal grave ou morte, a pena passa a ser de 12 a 20 anos. Mas nem o rigor da lei inibe a ação de criminosos que geralmente convivem diretamente com as vítimas, ou seja, estão dentro da casa delas.
Essa semana, três crianças, de 13, 12 e 5 anos foram resgatadas de uma casa no município de Rurópolis, oeste do Pará, após sofrerem abuso sexual praticado por um primo de 29 anos. Uma das meninas chegou a deixar um bilhete, escrito de próprio punho, na porta do Conselho Tutelar denunciando o estupro e pedia socorro ao Conselho e à Polícia.
“Preciso de ajuda. Estamos sendo estupradas…Venha nos ajudar, pelo amor de Deus”, diz um trecho da carta.
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A vítima ainda escreve o endereço onde mora, o nome das vítimas, mãe, de uma tia e do abusador. Ainda na carta, a menina afirma que a mãe sabia de tudo.
“Minha mãe sabe de tudo e dói”, detalhou a vítima.
Diante da grave denúncia, uma operação intitulada "Números Primos" foi deflagrada pelas Polícias Civil e Militar da segunda-feira (23) e prendeu o homem apontado como suspeito do crime. O homem foi preso em uma comunidade rural do município. Segundo a polícia, ele confessou ter estuprado as meninas.
As crianças estão em um abrigo por determinação judicial. Já o acusado está preso à disposição da justiça.
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