Quase dois meses se passaram desde a repercussão nacional do caso da jovem baleada por um marinheiro em um motel da tranquila cidade de Vigia, no nordeste do Pará. Ocorrido no dia 21 de abril, o fato chamou a atenção pela brutalidade dos fatos narrados, provocados por dois militares da Marinha do Brasil.
Nesta quinta-feira (2), a jovem de 15 anos recebeu alta médica do Hospital Metropolitano de Urgência e Emergência (HMUE), em Ananindeua, na Região Metropolitana de Belém. Ela passou um mês e 22 dias internada e, agora, terá que usar colar cervical por mais 90 dias durante a recuperação das quatro cirurgias que teve de fazer para restaurar a área atingida pelo disparo à queima-roupa.
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O projétil continua alojada no mesmo local desde o dia do ocorrido. A adolescente teria sido baleada no rosto após ter se recusado a tirar a roupa e manter relações sexuais com um dos marinheiros. Outra adolescente, que seria amiga da vítima, também estava no motel e escutou o disparo.
Após a conclusão das investigações, a Polícia Civil do Pará indiciou Gabriel Lobo e Diógenes Pinheiro por lesão corporal qualificada, porte ilegal de arma de fogo de uso restrito e corrupção de menores. A proprietária e a atendente do motel também foram acusadas criminalmente.
Os inquéritos foram entregues à Justiça, que determinará a punição dos acusados. O caso corre em sigilo, por envolver o nome de menores de idade.
Gabriel Lobo, que efetuou o disparo, chegou a ser preso, mas foi solto por meio de habeas corpus no dia 12 de maio. Diógenes Pinheiro passou dias foragido e se apresentou à polícia para prestar depoimento. Ele foi ouvido e liberado em seguida.
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