Entre os dias 1º e 6 deste mês, as Forças Armadas, em coordenação com diversos órgãos federais e estaduais de segurança e ambientais, realizou a Operação Ágata Norte, que tem como objetivo promover ações preventivas e repressivas contra delitos transfronteiriços e ambientais nos estados do Pará, Amapá e Maranhão.
Nesta terça-feira, o Comando Conjunto da Operação, que é formado por Marinha do Brasil, Exército Brasileiro e Força Aérea Brasileira, e é chefiado pelo Vice-Almirante Edgar Luiz Siqueira Barbosa, Comandante do 4º Distrito Naval, divulgou o saldo de uma semana de diligência.
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A Operação apreendeu mais de 200 mil toneladas de minérios (manganês, cobre e cassiterita), na Vila do Conde, no município de Barcarena, nordeste do Pará. Além disso, também foram apreendidos 308 kg de cocaína; 1.300 kg de pescado; 112 m³ de madeira; 7.600 caixas de cigarro; 53 embarcações e 11 veículos; e 4 motosserras. Também foi interceptada uma embarcação que transportava 26 kg de maconha e 600 pílulas de ecstasy, sendo encontradas doze pessoas de origem cubana que saíram do Suriname em direção ao Brasil.
A Operação Ágata Norte 2002, que faz parte do Programa de Proteção Integrada de Fronteiras, tem como missão coibir e combater delitos na fronteira marítima até o limite da Zona Econômica Exclusiva, incluindo portos, e na fronteira terrestre, tais como: narcotráfico e crime organizado; contrabando e descaminho; pistas de pouso clandestinas; imigração ilegal (coiotes); pesca ilegal; garimpo e exploração de recursos minerais ilegais; exploração e transporte de madeira ilegal; pontos de desmatamentos; biopirataria e tráficos de animais selvagens.
Ao todo, foram mobilizadas 3 mil pessoas, entre civis e militares das Forças Armadas e dos órgãos de Segurança Pública e Fiscalização, mais de 40 meios navais, 52 terrestres e 6 aéreos. As ações são desenvolvidas em uma área equivalente a 1,7 milhão de km² de área terrestre, 1 milhão de km² de área marítima, 5.500 km de rios navegáveis, 1.800 km de litoral e 1.300 km de fronteira terrestre.
De acordo com o Comando Conjunto da Operação, as ações desta última semana foram planejadas com meses de antecedência, tendo como base o conhecimento a respeito do combate aos delitos transfronteiriços e ambientais.
Por isso, as operações são realizadas de modo simultâneo e em pontos estratégicos, utilizando dados de monitoramento sob área marítima, fluvial, terrestre e aérea. Além disso, também são empregados equipamentos de última geração disponibilizados pelo Comando de Defesa Cibernética e aeronaves do Comando de Operações Aeroespaciais para o patrulhamento marítimo.
As operações conjuntas são necessárias para aumentar a presença do Estado em locais de baixa densidade populacional e infraestrutura incipiente, bem como para atuar em ações coordenadas, a fim de somar esforços de forma estratégica, contribuindo para a segurança da região.
DEMONSTRAÇÃO OPERATIVA
No dia 1° de junho, a Marinha realizou treinamento operativo na Praia do Amor, em Outeiro, distrito de Belém (PA). A atividade teve como objetivo demonstrar a interoperabilidade dos meios navais e aéreos do Comando do 4º Distrito Naval, da Esquadra Brasileira e da Força de Fuzileiros da Esquadra, com lançamento de Carros Lagarta Anfíbio no rio, manobras com rapel e atuação de mergulhadores de combate.
ÓRGÃOS E AGÊNCIAS DE SEGURANÇA PÚBLICA E AMBIENTAIS
Participam da Ágata Norte 2022 os seguintes órgãos: Ministério da Justiça e Segurança Pública, Agência Brasileira de Inteligência (ABIN), Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (CENSIPAM), Polícia Federal (PF), Receita Federal, Polícia Rodoviária Federal (PRF), Força Nacional, Agência Nacional de Mineração (ANM), Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Fundação Nacional do índio (FUNAI), Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Pará e Polícias Militar e Civil dos estados do Pará, Amapá e Maranhão.
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