Até o momento três homens foram presos por participação na morte do indigenista Bruno Pereira e do jornalista britânico Dom Phillips. De acordo com a Polícia Federal, o laudo realizado nos restos mortais das vítimas mostraram que o jornalista inglês e o indigenista foram mortos a tiros, com munição de caça. Os corpos foram decepados, esquartejados e queimados, e depois jogados em uma vala na região do Vale do Javari, na Amazônia.
Em Belém, durante o fim de semana, discentes e docentes de vários cursos de graduação e pós-graduação da Universidade Federal do Pará (UFPA) e da Universidade do Estado do Pará (UEPA) realizaram um ato cobrando justiça, na avenida Presidente Vargas, ao lado da Praça da República, no centro de Belém.
Justiça decreta prisão de 3 suspeito das mortes no Amazonas
Corpo do jornalista Dom Phillips é identificado após exames
"Esse é um ato clamando por justiça por Dom e pelo Bruno pereira, mas também para chamar a atenção para a pauta que eles sempre defendem, que sempre reivindicaram e lutaram, que é a defesa da região amazônica, em todas as suas dimensões. Desde a dimensão ambiental, pela defesa da floresta, mas também e fundamentalmente pelos povos indígenas, que o Bruno e o Dom sempre lutaram. Mais especificamente aqueles povos isolados", comentou Fabiano Bringel, professor de pós-graduação do curso de Geografia da UFPA.
"Eles estavam lutando ali pela proteção dos territórios frente a mineração, frente ao garimpo, frente às madeireiras e também frente a pesca ilegal. Eram situações contra as quais eles estavam batalhando há mais de dez anos na região", lembrou.
A manifestação, que reuniu um grande número de acadêmicos e ativistas, além de integrantes de movimentos sociais, também homenageou outros defensores do meio ambiente e dos povos indígenas que também foram mortos em virtude de sua atuação na da região amazônica.
"Esse é um ato muito importante porque está dando visibilidade a quem defende as vozes que também são invisibilizadas. A luta que e a favor da proteção dos povos indígenas , de todos os povos que estão sendo atacados por esse governo e por outros governos", destacou a professora Marcela Andrade, da UFPA.
"Nós estamos trabalhando em favor dos povos indígenas e todos corremos perigo. Tanto aqueles que vivem lá quanto os que trabalham nessa luta. A justiça precisa ser feita porque a gente sabe que existe uma coisa muito maior por trás disso tudo. Então é preciso seguir com as investigações e que todos os responsáveis sejam identificados e todas as medidas cabíveis sejam tomadas para que a justiça realmente seja feita", acrescentou.
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