Cinquenta e cinco trabalhadores foram resgatados em condições análogas à escravidão em uma comunidade religiosa de nome Lucas, no município de Baião, nordeste paraense. Os trabalhadores também eram explorados em um estabelecimento comercial localizado em Tucurui.
Segundo denúncia recebida pelo Ministério Público do Trabalho (MPT), os trabalhadores eram obrigados a prestar serviços em um bar localizado em Tucuruí. Lá eles cumpriam jornada de trabalho exaustiva, não recebiam salários nem outros benefícios previstos em Lei.
Foram cumpridos mandados de busca e apreensão onde os agentes confirmaram ser verdadeiras as denúncias de situação degradante, atividades forçadas e castigos físicos. As investigações mostraram que o empreendimento estava vinculado a uma comunidade religiosa localizada na zona rural de Baião.
Cinco envolvidos nos crimes foram presos.
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O MPT ajuizará ação civil pública para punir os empregadores e garantir aos empregados seus direitos, como verbas rescisórias, indenização por dano moral, entre outros.
Os líderes da comunidade usavam de elemento religioso para coagir os trabalhadores e demais moradores a cumprirem suas ordens e satisfazerem suas vontades, incluindo crianças e adolescentes, sob pena de punições físicas e morais, além de humilhação pública.
Os alojamentos dos trabalhadores não possuíam condições básicas de segurança, higiene, privacidade e conforto, e contrastavam com o luxo das habitações dos líderes.
Na maioria dos cômodos a fiação elétrica estava exposta, aumentando o risco de incêndio. Na área usada para lavanderia, a água escoava para um terreno baldio, formando lama e atraindo insetos, ratos, baratas e animais peçonhentos.
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