Pilhas, bolas de gude, parafusos ou moedas. São muitos os objetos que exercem uma atração quase mágica sobre as crianças, que não hesitam em colocá-los na boca. E, em muitas ocasiões, por acidente, acabam por engoli-los. Se o item não tiver superfícies pontiagudas ou afiadas, a maioria sai naturalmente do organismo. No entanto, em algumas situações, a intervenção cirúrgica pode ser necessária.
Esse é o dilema que a família da pequena Laura Sofia Gomes Marques e os médicos que cuidam da menina de apenas 1 ano estão enfrentando, no Hospital Municipal de Marabá (HMM), no sudeste do estado. No último domingo, ela engoliu um prego que seria utilizado na decoração de seu primeiro aniversário.
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Segundo os familiares da menina, desde a última segunda-feira a menina está aguardando a transferência para o Hospital Regional de Marabá, onde deveria ser sudmetida a uma cirurgia para a retirada do objeto estranho. No entanto, os médicos que tratam do caso acreditam que ainda há boas chances do prego ser expelido nas fezes da criança.
“Minha sobrinha não foi medicada, ela está só no soro. Hoje falaram que vão alimentar ela pra ver se o prego sai nas fezes. Ela fez um raio-x e o prego está alojado na região fina do intestino, correndo o risco de furar. Até agora, nenhum cirurgião avaliou a Laura”, reclamou Tamires Gomes, que é tia de Laura Sofia, em entrevista à imprensa local.
De acordo com ela, a sobrinha já teria sido submetida a uma endoscopia. O procedimento, porém, não foi capaz de retirar o objeto, que alcançou o intestino da menina.
“Eles (médicos) não dão resposta nenhuma. Conversamos com a direção do hospital, mas ele não deu nenhuma posição. Só com ignorância. A gente está correndo atrás do nosso direito. É uma criança de 1 ano de idade. Só queremos uma resposta e o encaminhamento para o Regional”, destacou Tamires.
NOTA DA PREFEITURA DE MARABÁ
A Prefeitura de Marabá emitiu uma nota de esclarecimento sobre o quadro clínico de Laura Sofia. O documento confirma que o prego está seguindo o caminho natural da ingestão, tendo chegado até o intestino da criança. O que, segundo os médicos responsáveis pelo caso, indica que ainda são boas as chances do objeto sair naturalmente. Contudo, a nota ressalta que uma eventual intervenção cirúrgica não está descartada.
Leia a íntegra da nota da Prefeitura de Marabá:
A paciente está em observação constante por uma equipe formada por médicos clínicos, gastroenterologista e cirurgião. Nesta segunda-feira (24) foi realizada uma endoscopia para tentativa de retirada do objeto estranho (prego), no entanto a equipe não obteve sucesso porque o prego já se encontra no intestino, seguindo o fluxo normal da digestão. Desde a entrada no Hospital Municipal de Marabá (HMM), a criança está sendo alimentada via soro intravenoso para que o prego não provoque um dano maior. Os exames de imagem estão sendo feitos constantemente para monitorar a movimentação do objeto. Ainda na manhã desta terça-feira (25), a equipe de médicos vai atualizar a situação. Caso não haja qualquer tipo de evolução (evacuação normal do objeto pela digestão), o prego será removido de forma cirúrgica, sendo esta a alternativa mais extrema, já que o próprio organismo está expelindo de forma natural o objeto estranho.
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