Sempre em pauta, a preservação da Amazônia é uma preocupação global. O bioma, cuja maior parte está localizada em território brasileiro, tem sofrido, nos últimos anos, com uma política controversa, que acentuou crimes ambientais na região e afastou o apoio internacional ao cuidado com a floresta.
E, com a chegada de mais uma conferência do clima da Organização das Nações Unidas (ONU), o tema da preservação das matas está novamente em destaque. Nesta 27ª edição da COP, governadores de estados que compõem a Amazônia Legal devem participar da programação e dos encontros entre líderes globais, diplomatas, cientistas, membros da sociedade civil e das demais entidades privadas.
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Helder Barbalho, governador do Pará, é um dos líderes locais que irá representar a região amazônica na COP 27. Em entrevista ao canal GloboNews, o chefe do Executivo estadual comentou sobre a importância de participar deste evento mundial.
"A intenção do consórcio de governadores da Amazônia é que possamos ter a oportunidade de mostrar ao mundo as ideias, ações e compromissos dos estados que compõem a Amazônia Legal com a agenda climática e com a pauta que o Brasil deve defender na COP 27", inicia o governador.
Sobre a participação do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva e demais lideranças brasileiras, Helder explica que é importante recolocar o Brasil no papel de protagonista desta agenda. "Nós precisamos sair de um estágio de desconfiança e questionamento para sermos um país que proponha as suas iniciativas, assuma seus compromissos e tenha credibilidade, perante o planeta, do cumprimento destes."
Já acerca do desenvolvimento econômico e sustentável na Amazônia, Helder ressalta que é fundamental cobrar dos países mais industrializados formas de compensação para o modelo de desenvolvimento sustentável que se faz necessário para a região.
"É fundamental que nós possamos propor ao mundo a conciliação da preservação ambiental, da redução das emissões de maneira drástica e apresentar soluções que possam garantir a produção de alimentos, oportunidades de emprego e renda a partir de uma economia de baixa emissão de gases do efeito estufa e, consequentemente, a monetização da floresta como uma nova alternativa econômica, que possa captar créditos de carbono e gerar dividendos com a monetização, sendo um novo ativo econômico para a nossa região. [...] Fazendo da floresta em pé uma nova commodity", explicou o governador do estado.
COP 27
A 27ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas – COP 27, que começa neste domingo, 6 de novembro, e vai até o dia 18, em Sharm El Sheikh, no Egito, vai contar com a participação de Helder Barbalho (MDB), o qual vai apresentar o Plano Estadual de Bioeconomia, um novo instrumento de produção sustentável na Amazônia e entregue como compromisso assumido pelo Pará com a agenda ambiental, lançada há um ano na COP 26, em Glasgow, na Escócia.
Além da estratégia de bioeconomia, o governador vai lançar o plano de regulamentação para ressarcimento do crédito de carbono. O Pará é o primeiro estado brasileiro a adotar esses dois compromissos, fundamentais para neutralizar as emissões de carbono até 2050. “Não podemos perder a oportunidade de liderar a iniciativa no Brasil, que ainda é tímida em comparação com outros países”, explicou Helder.
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