
Dia 8 de março é comemorado o Dia Internacional da Mulher. Mas o que é ser mulher?
A resposta pode parecer complexa, mas é mais simples do que se imagina. Ser mulher vai muito além do órgão biológico ou de uma definição estética.
Criação da Secretaria de Estado das Mulheres é aprovada
As mulheres, no geral, sempre foram ensinadas o que deveriam vestir, como se portar, o que falar, o que não falar, a serem subordinadas, e por aí vai. Isso tudo está ligado ao conceito patriarcal, um sistema social, cultural e político que favorece os homens e o machismo, de acordo com a organização social Politize.
Além disso, ainda segundo a Politize, as relações de poder e domínio do patriarcado se dão também aos demais sujeitos que não se encaixam no padrão de gênero considerado normativo.
Portanto, acrescenta-se uma nova forma de violência às mulheres: o preconceito, agora afetando diretamente mulheres trans/travestis; assustadoramente ainda incorporado nos direitos e questões sociais, implicitamente ou não.
Para a pedagoga e advogada paraense Roberta Ferreira, que há 10 anos atua na área de enfrentamento à violência contra as mulheres, o patriarcado ainda é latente na sociedade. Nos questionamentos, na falta de liberdade e de respeito aos direitos das mulheres, é onde o sistema que favorece os homens se fortalece. "Enquanto a cultura patriarcal imperar, as políticas públicas não serão pensadas para as mulheres, e sociedade não avançará em igualdade de direitos”, diz a advogada.
Roberta também enfatiza que o sistema patriarcal prejudica diretamente a mulher trans e travesti, pois tende a não reconhecê-la como mulher.
Nesse longo caminho chamado “persistência”, os relatos de quem anda por ele constroem o alicerce de uma sobrevivência histórica. Luta e resistência são o que definem a vivência de Ana Maria Vizeu (mulher cis), Nayana Batista (mulher cis), Lana Larrá (mulher travesti), Alice de Oliveira (mulher trans), Agnes Lucius (mulher trans) e Uỳara Amanaỳara (mulher travesti), mulheres que representam a pluralidade nas narrativas.


Seja sempre o primeiro a ficar bem informado, entre no nosso canal de notícias no WhatsApp e Telegram. Para mais informações sobre os canais do WhatsApp e seguir outros canais do DOL. Acesse: dol.com.br/n/828815.
Comentar