O mundo inteiro discute e quer conhecer a Amazônia, e desde o anúncio de Belém como a sede da COP 30 em 2025, a capital paraense entrou no mapa mundial do debate sobre a região, já sendo a porta de entrada amazônica para o mundo neste fim de semana, durante a realização dos Diálogos Amazônicos, evento que antecede a Cúpula da Amazônia.
Recebendo milhares de pessoas de diversas regiões e países, Belém vive a experiência de uma cidade adequada a receber um turistas em um novo modelo, pensando no desenvolvimento sustentável da região.
"Podemos fazer uma modelo economicamente benéfico, socialmente justo e ecologicamente sustentável seja feito. O turismo é uma forma de possibilitar isso. Não vai haver um Brasil bom para o turismo e ruim pro brasileiro. Temos que ter um Brasil bom pra ser visitado, mas também bom para ser vivido. Isso que temos que fazer", afirmou Marcelo Freixo, presidente da Embratur. "Tem que ter um investimento em uma maior possibilidade de voos, em infraestrutura, mas isso vem a partir do momento que a gente realiza coisas".
Freixo ressaltou como os eventos realizados em Belém apresentam um modelo de turismo ecológico que deverá servir de exemplo. "A gente tá tendo uma experiência agora, aqui. Uma quantidade enorme de gente, uma atividade com muita demanda, bem organizada, que está dando certo. Os investimentos na cidade já começaram. Belém não será a mesma depois da COP 30", continuou o presidente da Embratur. "Tem que ter legado, que gerar uma mudança mais profunda de modelo de desenvolvimento, e não só de parques, de estruturas, mas um legado da cultura da sustentabilidade".
Freixo ainda comentou sobre os como a atenção que o mundo dará a Belém nos próximos anos deverá mudar a logística do turismo na região. "A gente tem conversado permanente tanto com prefeituras como com governo do Estado. Conversamos com Belém, a sede da COP, mas temos projetos em Alter do Chão, conversamos com a prefeitura de Santarém, com outras regiões", continuou. "A gente tem que entender que não temos que preparar Belém para um evento, Belém tem que preparar o mundo para ser outro planeta depois. Evento você bota um dinheiro e faz um evento bem feito. E depois? Eu acho que Belém está se preparando para mudar a ordem de um planeta, que está um lugar muito ruim hoje em dia".
"O que temos que fazer é entender de que maneira o mundo vai nos visitar e vai sair daqui com o compromisso de um outro planeta. O hábito de consumo do turismo também mudou. Ninguém quer visitar um lugar que corra risco de degradação ambiental, sem responsabilidade climática, que tenha violência contra a mulher. Precisamos fazer com que o turismo que aqui se oferta seja compatível com aquilo que a gente quer viver", continua o presidente da Embratur. "Nós criamos uma gerência de afroturismo, para combater o racismo e não deixar isso apenas no discurso, mas fazer com que nossa origem africana e nossa cultura africana seja um produto a ser visitado e vivido, nos ajudando a ser um país menos racista".
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