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RELATÓRIO

Indígenas sofrem aumento de violência no Estado

As informações foram coletadas pelo Centro de Documentação Dom Tomás Balduíno, e mostram que ocorreram ao todo 973 conflitos, um aumento de 8% em comparação com igual período de 2022

Imagem ilustrativa da notícia Indígenas sofrem aumento de violência no Estado camera Um aumento de 8% em comparação com igual período de 2022, quando foram registrados 900 conflitos. | Verônica Holanda/Divulgação

O relatório parcial elaborado pela Comissão Pastoral da Terra (CPT) indica aumento da violência no campo no primeiro semestre de 2023. As informações foram coletadas pelo Centro de Documentação Dom Tomás Balduíno, e mostram que ocorreram ao todo 973 conflitos, um aumento de 8% em comparação com igual período de 2022, quando foram registrados 900 conflitos. O ano passado é destaque por ser o segundo mais violento no ranking dos últimos 10 anos.

As disputas por terra foram maioria, com um total de 791 ocorrências. No Pará, as principais ocorrências foram registradas em terras indígenas e em acampamentos, sendo que São Felix do Xingu foi o município que registrou o maior número de ocorrências este ano, tendo como alvo as terras indígenas Apyterena e Apyterewa no território Parakanã. Na região de Santarém os registros ocorreram na Terra Indígena Munduruku, em Novo Repartimento na TI Parakanã e em Paragominas na TI Tembé.

Os povos indígenas que vivem em regiões onde foram construídas usinas hidrelétricas foram as principais vítimas de violência por disputas por terra, como os povos Kayapó, Araras e Xikrin, sob a influência da UHE Belo Monte; e Mundurukus, em Jacareacanga e Santarém, em razão da construção da UHE Tapajós.

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Em relação à categoria que sofre a violência por terra, os povos indígenas e suas comunidades são as mais atingidas com 38,2% dos casos, seguida dos trabalhadores rurais sem terra (19,2%), posseiros (14,1%) e quilombolas (12,2%).

De acordo com a Pastoral, no Brasil ocorreu aumento de registros de trabalho escravo rural (102 ocorrências) e conflitos pela água (80). Segundo a CPT, 527 mil pessoas estiveram envolvidas em ocorrência de violência no campo, com ligeira queda, de 2%, em relação ao ano passado. No entanto, se mantém em taxa elevada, segundo a Pastoral. O número de famílias envolvidas nesses conflitos também foi um pouco menor (101.984). A explicação poderia ser a leve diminuição de conflitos em terras indígenas, nas quais a constituição familiar é considerada com um número maior de pessoas.

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A CPT detectou aumento na violência contra as mulheres camponesas. O número de casos subiu de 94 registros para 107, em uma tendência de crescimento desde 2021. O destaque foi para os estupros de 30 adolescentes yanomami por garimpeiros ilegais no mês de fevereiro. Mas as mulheres também sofrem com intimidação (20), ameaças de morte (16), agressão (6), criminalização (5), cárcere privado (5), dentre outros, lembrando que a mesma pessoa pode sofrer mais de uma violência numa mesma ocorrência.

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