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MONITORAMENTO

Defesa Civil faz visita em área de desabamento em Mosqueiro

A Prefeitura de Belém, por meio da Defesa Civil, faz uma vistoria em área de desabamento de obra na praia do Paraíso, em Mosqueiro, nesta quinta-feira (14). A vistoria é técnica e visa avaliar a situação da construção

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Imagem ilustrativa da notícia Defesa Civil faz visita em área de desabamento em Mosqueiro camera Vistoria foi em área afetada por desabamento de obra | Ascom / Defesa Civil

A Prefeitura de Belém, por meio da Defesa Civil Municipal, Agência Distrital de Mosqueiro (Admos) e Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semma), realizou na manhã desta quinta-feira (14) uma vistoria técnica na área do desabamento de uma obra de contenção de barranco, localizada na praia do Paraíso, no distrito de Mosqueiro.

O acidente ocorrido na tarde da última quarta-feira (13), causou a morte de um operário da obra identificado como Enildo Borges dos Santos, 50. Chovia muito na ocasião e a maré estava alta. Homens de resgate do Corpo de Bombeiros foram acionados e prestaram os primeiros socorros à vítima, que morreu horas depois no Hospital Geral de Mosqueiro.

A Agência Distrital, por meio do Departamento de Necrópoles, está de prontidão aguardando os trâmites legais para a realização do sepultamento.

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A Defesa Civil informou que o dono do empreendimento não apresentou documentação relativa à licença ambiental, do projeto de engenharia e da licença da obra propriamente dita. O local foi vistoriado pela engenheira civil da Defesa Civil de Belém, Raiclene Sousa, a geóloga da Semma, Alessandra Barros e o técnico de saneamento, Rafael Vilasboas, que estiveram acompanhados pelo diretor geral da Admos, Railson Souza. “Vamos emitir um laudo da perícia técnica e encaminhar ao gabinete do prefeito para as medidas cabíveis”, disse ela, após o trabalho.

Riscos

De acordo com a agente distrital de Mosqueiro, Vanessa Egla, todos os proprietários de empreendimentos localizados nas zonas de risco de deslizamento de barranco de Mosqueiro foram alertados há três anos sobre os riscos decorrentes das intempéries naturais.

“Todas essas áreas, aliás, estão mapeadas e interditadas pela Defesa Civil, por isso, é lamentável a situação ocorrida, pois a Prefeitura de Belém mantém o alerta, fechando e isolando vias e, infelizmente, os avisos não são atendidos e uma vida foi perdida nesse acidente”, lamentou a agente.

De acordo com o tenente-coronel BM, Anderson Campos, comandante do 20º Grupamento de Bombeiro Militar de Mosqueiro, a área do acidente sofre com forte processo erosivo acentuado, deixando o solo fragilizado e sujeito ao deslizamento da massa.

“Nós levamos de 15 a 18 minutos para chegar ao local, mas infelizmente, detectamos o deslizamento de massa e uma pessoa soterrada. Iniciamos o resgate, porém os sinais vitais estavam muito baixos e a pessoas morreu”, relatou o comandante.

Vistorias

Os órgãos municipais intensificaram as vistorias nas áreas propensas a deslizamento de massa (desmoronamentos) nos últimos três anos, identificando, sinalizando e orientando os moradores a não instalarem nenhuma atividade comercial, de lazer ou construção nas áreas em questão.

A última vistoria foi realizada pelo Serviço Nacional de Geologia, vinculado ao Ministério de Minas e Energia, que irá recomendar o tipo de obras de contenção do avanço da maré sobre o continente.

Alerta

O Corpo de Bombeiros de Mosqueiro voltará a intensificar os avisos de alerta nas áreas que apresentam maior risco de deslizamento de massas. Segundo o tenente-coronel BM, Anderson Campos, os primeiros quinze dias do mês de janeiro são perigosos nas praias do distrito, sobretudo, a praia do Paraíso, local onde ocorreu o desabamento.

“Os primeiros dias de janeiro registram ocorrências de afogamentos devido à combinação de chuvas, ventos e marés altas, as pessoas precisam entender esses riscos e nos ajudar na preservação de vidas”, destacou o comandante.

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A Prefeitura de Belém segue acompanhando o caso e orienta moradores e banhistas a evitarem as áreas de risco, sobretudo nesse início do período do inverno amazônico, quando as marés chegam a quatro metros de altura, correntezas, chuvas e ventos fortes. “Pedimos as pessoas para respeitarem e não retirarem as placas de sinalização de risco, em nome da prevenção e a segurança de todos”, reforça a agente distrital de Mosqueiro, Vanessa Egla.

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