plus
plus

Edição do dia

Leia a edição completa grátis
Edição do Dia
Previsão do Tempo 30°
cotação atual R$


home
ESPERANÇA DE CURA

Bactéria encontrada na Amazônia pode curar câncer e Herpes

Pesquisador explica que as condições ambientais do solo amazônico são propícias para compostos de interesse farmacêutico.

twitter Google News
Imagem ilustrativa da notícia Bactéria encontrada na Amazônia pode curar câncer e Herpes camera A bactéria foi encontrada em solo amazônico e tem potencial terapêutico para eliminar células cancerosas. | Créditos: Miguel Aun

Diversos estudos mostram o potencial que as bactérias têm para a cura de várias doenças, incluindo o temido câncer. Em vários países, pesquisadores já comprovaram que certas bactérias possuem potencial para combater infecções causadas por herpes e até tratar tumores cancerígenos.

Um estudo realizado por cientistas do Instituto Tecnológico Vale – Desenvolvimento Sustentável (ITV-DS), da Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa) e de instituições parceiras descreve de forma animadora o potencial terapêutico de um composto químico produzido por uma nova bactéria encontrada no solo amazônico na região de Paragominas, sudeste do Pará. O composto químico demonstrou propriedades viricidas, bactericidas e foi capaz de eliminar células cancerosas sem danificar células saudáveis, segundo os pesquisadores.​

A pesquisa estudou o potencial farmacêutico de uma cepa de bactéria da espécie Pseudomonas aeruginosa. A bactéria produz um surfactante de origem microbiana ou biossurfactantes chamado de ramnolipídeo. Esse composto demonstrou resultados promissores contra microrganismos patogênicos de interesse médico e veterinário. O estudo avaliou também a toxicidade do composto em relação a três tipos de vírus (herpes simples, coronavírus murino e vírus sincicial respiratório). Uma solução do composto, inibiu 97% da atividade viral nos três tipos de vírus citados. Resultados semelhantes foram observados com uma solução de menor quantidade, por 15, 30 e 60 minutos, sugerindo que a eficácia viricida está relacionada ao tempo de exposição do vírus aos compostos de origem microbiana).

O estudo foi realizado por cientistas do Instituto Tecnológico Vale da (Unifesspa) e de instituições parceiras.
📷 O estudo foi realizado por cientistas do Instituto Tecnológico Vale da (Unifesspa) e de instituições parceiras. |Créditos: Miguel Aun

Um outro teste mostrou que o composto microbiano, na concentração de 12,5 µg/mL, apresentou uma redução da proliferação de células tumorais, após um minuto de exposição em laboratório.

Conteúdos relacionados

Para José Pires Bitencourt, pesquisador do ITV-DS e um dos autores do artigo, o composto “é uma substância que auxilia a bactéria a captar algum nutriente que seja interessante para o seu crescimento, além de auxiliar na comunicação entre bactérias da mesma espécie”. Segundo ele, durante o estudo, todas as concentrações do composto diminuíram a viabilidade das células cancerígenas para menos de 50% em 72 horas, demonstrando um potencial antitumoral comparável aos níveis alcançados pela quimioterapia padrão.

Bitencourt explica que as condições ambientais do solo amazônico são propícias para compostos de interesse farmacêutico, como o estudado pela pesquisa. “Diferentes subespécies de bactérias encontradas em várias condições de solo produzem biossurfactantes, influenciadas por fatores como clima, evolução do solo, regime hídrico, interação com outros organismos e impacto humano”.

Quer saber mais notícias sobre Saúde? Acesse nosso canal no WhatsApp

Para Sidnei Cerqueira dos Santos, professor da Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa) e um dos autores do artigo, o ramanolipídeo também “pode ser usado como estratégia de sobrevivência dessas bactérias em ambientes desfavoráveis, para reduzir ou inibir a toxicidade celular, como por exemplo solo contaminado por metais”. O composto apresenta grande potencial para o desenvolvimento de novas formulações para o controle de microrganismos, vírus e tratamento do câncer de mama.

VEM SEGUIR OS CANAIS DO DOL!

Seja sempre o primeiro a ficar bem informado, entre no nosso canal de notícias no WhatsApp e Telegram. Para mais informações sobre os canais do WhatsApp e seguir outros canais do DOL. Acesse: dol.com.br/n/828815.

tags

Quer receber mais notícias como essa?

Cadastre seu email e comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Conteúdo Relacionado

0 Comentário(s)

plus

    Mais em Notícias Pará

    Leia mais notícias de Notícias Pará. Clique aqui!

    Últimas Notícias