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Chopp: uma alternativa para o trabalhador informal

Chope de fruta, mais conhecido como "chopp", todo mundo conhece. É aquele suco congelado em saquinho que desperta boas lembranças da infância. Eles também são alternativas para quem está fora do mercado formal de trabalho ou quer juntar um dinheiro extra.

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Chope de fruta, mais conhecido como "chopp", todo mundo conhece. É aquele suco congelado em saquinho que desperta boas lembranças da infância. Eles também são alternativas para quem está fora do mercado formal de trabalho ou quer juntar um dinheiro extra.

É o caso da dona Sueli Mendonça. Há um mês, ela deu um tempo nas costuras para começar a produzir chopps de frutas em casa.

“Minha neta de 10 anos disse que queria comprar um celular. Então, comecei a vender para ela juntar dinheiro e conseguir comprar o aparelho que ela deseja - que custa mil reais -, até o final do ano”, contou.

Fazendo 100 chopps por dia e vendendo o saquinho a R$ 1 na porta de escolas, dona Sueli diz que consegue faturar até R$ 100 por semana. E a neta vê o tão sonhado aparelho cada vez mais perto.

EM BUSCA DE QUALIFICAÇÃO

Para melhorar o produto e faturar cada vez mais, a dona Sueli também buscou se qualificar.

Encontramos com ela, na manhã de um sábado, participando de um curso de ‘Chopp Cremoso’, na Casa do Sorveteiro, loja especializada nesse segmento no Pará.

No local, donas de casas e vendedores autônomos buscavam conhecimento de como aprimorar a qualidade do chopp e também aumentar o lucro.

Vendedores de chopp apostam no conhecimento para aprimorar o produto

Antes, ela usava leite condensado, creme de leite e leite em pó para dar mais sabor ao produto. “Aprendi no curso que com o emulsificante e a liga neutra consigo fazer o chopp ficar mais cremoso. Faz a diferença e ainda economizo”, explica.

Ela diz que acha importante fazer cursos como o que participou. “A gente tem um conhecimento maior, passa a conhecer novas coisas. Pretendo fazer mais”.

O desemprego levou o Moisés Júnior ao mercado informal com a venda de chopp. “Eu queria empreender. E como a nossa terra é quente, as pessoas querem se refrescar com alguma coisa prática e acessível, cheguei à conclusão que é melhor andar com um isopor do que ter uma empresa fixa, porque o seu faturamento é maior”, ensina.

O mestre sorveteiro Pedro Barbosa, que ministra cursos de produção de chopps e sorvetes em Belém, também garante que dá para ganhar dinheiro. “Tem que gostar daquilo que está fazendo. Não dá para achar que está sozinho, porque chega o concorrente, faz coisas diferentes, e vai pegar a freguesia dele. Quem trabalha nessa área tem que ficar atualizado”, orienta.

Como a maioria se desenvolve na informalidade, não dá para precisar o número de negócios do setor em Belém. Mas quem anda pelas ruas da cidade percebe que os vendedores estão presentes em cada esquina.

Encontramos o Emerson Wesley, 23 anos, com a bicicleta dele e um isopor quase vazio na área do Ver-o-Peso por volta das 11h. “Esta hora já vendi quase tudo”, comemora.

A venda de chopp é a renda dele para sobreviver. Há seis meses, ele começou no negócio após ficar desempregado. “O fluxo de vendas está bom. Consigo tirar até R$ 300 por mês”, diz o rapaz que cresceu vendo a mãe vender o produto.

Emerson cresceu vendo a mãe vender chopp e hoje sobrevive com a venda do geladinho

O Renildo Souza começou há três meses a sair com um isopor cheio de chopps pelas ruas da capital paraense. Antes, ele “mexia nas coisas dos outros” e atualmente consegue faturar cerca de R$ 150 por mês.

A jornada do Valdete Souza dura 10 horas por dia. Ele vende sorvetes, picolés e água próximo à Estação das Docas. A maior parte do lucro da venda do sorvete vai para o sorveteiro, que também é dono do carrinho, para quem ele trabalha. “Mas com o que eu ganhei, consegui comprar um isopor para vender água e essa renda é só minha”.

Valdete trabalha com o carrinho de outra pessoa, mas consegiu comprar um isopor para vender água e aumentar o lucro

Foi por causa do desemprego que ele também começou, há nove meses, como vendedor autônomo. “Estava difícil e foi onde encontrei uma chance”, lembra ele, que revela que os sorvetes de frutas naturais são os que mais fazem sucesso entre os clientes.

Chopp cremoso: a tendência do momento

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