Mais de cinco meses se passaram desde a morte da universitária e influencer digital Yasmin Macedo. A jovem desapareceu durante uma festa numa lancha no Rio Maguari, na Região Metropolitana de Belém, na noite de 12 de dezembro de 2021. O corpo dela foi encontrado no dia seguinte, a onze metros de profundidade. O caso é investigado pela Divisão de Homicídios da Polícia Civil e teve repercussão internacional, mas ainda permanece sem um desfecho.
As investigações estão na etapa da reprodução simulada - ou reconstituição - da morte de Yasmin, porém os trabalhos foram prejudicados porque a lancha em que ela estava foi desmontada para ser vendida. O que não deveria acontecer, pois a embarcação é objeto do inquérito. O desmanche pegou as equipes de polícia Científica e Civil de surpresa.
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No último dia 11, os peritos iriam reproduzir finalmente tudo o que aconteceu na lancha, desde o início do passeio até o momento em que o corpo de Yasmim foi localizado a onze metros de profundidade. Esta fase de simular as circunstâncias é feito com base no cruzamento dos dados e e informações obtidas por meio de depoimentos, das declarações das testemunhas e suspeitos que estavam na lancha.
Vale ressaltar que o início dos trabalhos para a reconstituição começaram em 12 de abril, envolvendo mais de 200 agentes do Sistema de Segurança Pública e com 21 pessoas, sendo 18 que estavam na lancha. Com o desmanche a conclusão dos trabalhos ficou para junho, ou seja, seis meses depois da tragédia que teve como vítima a universitária.
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A lancha é de propriedade do empresário Lucas Magalhães, que no inquérito é tido como suspeito junto com outras duas homens - um deles é o médico legista Euler Cunha, que prestou três depoimentos e negou ajuda à família da jovem. Segundo o delegado da DH Claudio Galeno, que preside o inquérito, os três ainda não são suspeitos necessariamente pela morte de Yasmin, eles estão nesta condição devido a outros crimes detectados durante as diligências. Lucas teme ser preso.
Sabe-se que durante a festa houve disparos de arma de fogo. Lucas estaria com uma arma, mesmo sem ter o porte. Também não tem habilitação para pilotar lanchas, tal como fazia no passeio do dia 12. A defesa de Lucas impetrou três habeas corpus para garantir que o empresário não seja preso. Todos os pedidos foram negados.
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Ainda não se tem a confirmação sobre o que acontecerá por ele por ter mandado desmontar a lancha para vender as peças. A priori, a polícia ordenou a montagem da embarcação para que os trabalhos da reprodução simulada sejam finalizados e o inquérito, por fim, seja concluído e encaminhado para o Ministério Público com as devidas acusações e indiciamentos.
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