Falso policial “Don Juan” usava cueca com foto das vítimas

Os apps de relacionamento caíram de vez no gosto do público, principalmente durante a pandemia de Covid-19. Um levantamento recente estima que houve um aumento de 400% no uso dessas plataformas durante a pandemia. E com a popularização desses aplicativos, aumenta o número de golpes.

Recentemente chamou atenção a história de um falso policial que seduzia mulheres em aplicativos de relacionamento para aplicar golpe. Apelidado de “policial fake Don Juan”, Samuel Carlos da Silva Batista, de 31 anos, se relacionava com várias mulheres ao mesmo tempo e enganava todo mundo, incluindo amigos e familiares que acreditavam que ele era realmente membro das forças de segurança pública.

“Amigos há mais de oito anos acreditavam, de fato, que ele era policial. Ele não enganava apenas as namoradas, iludia a todos”, disse uma das vítimas, uma empresária de Ceilândia que perdeu R$ 26 mil para Samuel.

Técnica

Para conquistar as vítimas ele não media esforços, flores, jantares românticos, viagens a dois e até cuecas com o rosto das namoradas faziam parte das suas técnicas de sedução, tudo pago pelas namoradas.

Um vídeo divulgado recentemente, mostra o homem ao lado de uma de suas vítimas e um casal de amigos. Em uma mesa de bar, eles brincam com as cuecas customizadas. O golpista levanta a camisa e mostra uma cueca com fotos do rosto da vítima.

A mulher era uma nova vítima de Samuel, independente financeira e dona do próprio negócio, era a vítima perfeita do Golpista. Seus alvos era mulheres jovens, resolvidas financeiramente e que estavam em busca de relacionamento sério.

Samuel não media esforços para conquistar o coração das namoradas. Ele deixava decorações apaixonadas, caminho de pétalas de rosas, balões vermelhos no formato de coração e declarações de amor enfeitavam as camas que o golpista frequentava.

Uma das vítimas chegou a filmar quando foi surpreendida por Samuel. A cama estava decorada com um “eu te amo” e as paredes fitas e balões vermelhos. Em cima da cama ele deixou um presente.

Para uma das vítimas, ele disse que estava ocupado participando das buscas pelo serial killer Lázaro Barbosa, que durou 20 dias no Distrito Federal.

"Ele é tão picareta que chegava ao ponto de voltar para casa e tomar remédio para carrapato, além de entregar a farda toda suja e cheia de carrapicho pedindo para que eu lavasse”, desabafou uma das vítimas.

Samuel conhecia as vítimas em aplicativo de relacionamento ou através de amigos em comum. Após alguns meses de namoro, fingia que estava com as contas bloqueadas. Ele ganhava a confiança das namoradas e começava a pedir R$ 2 mil, R$ 3 mil, e até carros. Apenas uma das vítimas amargou um prejuízo de R$ 90 mil.

Pego em Flagrante

Os golpes do “Don Juan” só foram descobertos quando uma das vítimas descobriu o estelionato. A empresária se relacionava com Samuel durante dois anos e perdeu R$26 mil. Ela entrou em contato com outras duas vítimas e as três descobriram que ele se relacionava com elas simultaneamente.

Para desmascará-lo, o trio combinou de registrar o momento em que o golpista beijava uma das muitas namoradas que bancavam a vida dele. Quando foi confrontado, ele evasivo e negou que tivesse relacionamento com várias mulheres ao mesmo tempo.

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