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AUDIÊNCIA DE CUSTÓDIA

Prisão de PMs por extorsão e sequestro é mantida por juiz

A decisão é do juiz Lucas do Carmo de Jesus, titular da Vara Única da Justiça Militar do Estado do Pará. Os agentes são acusados de extorquir e sequestrar membros da facção criminosa Comando Vermelho.

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Imagem ilustrativa da notícia Prisão de PMs por extorsão e sequestro é mantida por juiz camera Juiz manteve a prisão dos policiais. Agentes e oficiais da PM estão sendo investigados. | Reprodução

Na última quarta-feira (6), uma operação coordenada pela Corregedoria de Polícia Militar, com apoio da Justiça Militar, terminou com a prisão de 10 policiais militares (PMs) lotados no 24° Batalhão de Polícia Militar (BPM), responsável pelo patrulhamento dos bairros do Tapanã, Rodovia Augusto Montenegro, Conjunto Maguari e parte do distrito de Icoaraci.

A prisão dos 10 militares foi mantida pela Justiça durante audiência de custódia realizada nesta quinta-feira (7). A decisão é da Vara Única da Justiça Militar do Estado do Pará, por intermédio do juiz Lucas do Carmo de Jesus, atendendo à manifestação do promotor militar Armando Brasil. Os agentes são acusados pelos crimes de extorsão e sequestro de traficantes ligados à facção criminosa Comando Vermelho (CV).

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Conforme a decisão, o procedimento inicial mostra que as investigações iniciadas pela Corregedoria da Polícia Militar, em abril deste ano, revelaram que ao menos 10 militares lotados no 24° BPM aproveitavam prisões em flagrante de traficantes e apreensões de drogas, para extorquir membros do CV em troca de propinas, que eram pagas a fim de liberar os criminosos e os entorpecentes apreendidos.

“Já são aproximadamente 10 policiais militares presos preventivamente e em breve esse quantitativo vai aumentar. Eles costumavam prender traficantes de drogas e após rodarem com eles nas viaturas, exigiam pagamento via PIX. Alguns ficavam com a cocaína e passavam a negociar a propina em troca da liberdade dos traficantes", esclareceu Armando Brasil, ao DOL, no dia da prisão dos militares.

Além dos policiais presos na última quarta-feira (6), o promotor revelou que outros agentes e oficiais da PM que atuam na Região Metropolitana de Belém também estão sendo investigados e que novas prisões podem ser decretadas assim que as participações nas práticas criminosss sejam comprovadas.

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