A professora aposentada Maria Mendonça dos Santos, de 72 anos, foi encontrada morta e enterrada no quintal da casa onde morava no bairro de Fátima, em Belém. O crime é investigado pela Divisão de Homicídios da Polícia Civil, que não descarta nenhuma hipótese sobre a motivação do assassinato.
Mensagens com erros gramaticais e malas contendo pertences da professora aposentada fizeram com que a família apontasse uma pessoa suspeita de envolvimento na morte da idosa.
A família suspeita que a professora tenha sido vítima de latrocínio, pois morava sozinha e teve a casa revirada. Alguns pertences da vítima não foram encontrados no imóvel.
O corpo de Maria Mendonça segue no Instituto Médico Legal (IML), onde terá a identificação confirmada por meio de exames necropapiloscopico (impressões digitais). Somente após o resultado do exame é que os restos mortais serão liberados para a família fazer o sepultamento.
Entenda a história
Maria Mendonça dos Santos morava sozinha, mas mantinha uma rotina de contato com a família e diariamente conversava por meio de aplicativos de mensagens. Ela guardava dinheiro e joias de ouro em casa. Foi justamente em uma conversa com os familiares, que a aposentada relatou que não tinha pretensão de viajar no mês de julho por causa dos preços das passagens, que estavam mais caras que no mesmo período do ano passado.
Vídeo: Corpo de professora estava concretado no quintal da casa
Segundo uma sobrinha, que terá o nome preservado, a professora já estava há sete dias sem manter contato com a família. Um irmão foi até a casa de Maria, no último dia 27 de julho, e se deparou com o imóvel todo trancado. Ele ligou para os telefones fixo e celular da professora, mas todos davam sinal de desligados. Ele chegou até a pensar que a professora, de fato, teria viajado.
No último sábado (30), fotos foram postadas no status do Whatsapp de Maria. As imagens eram da professora em viagem. No entanto, a família passou a suspeitar das publicações porque a aposentada não tinha afinidade com o aparelho celular, tampouco com o aplicativo e por isto não costumava atualizar o status.
A suspeita
A desconfiança dos familiares ficou mais forte depois que alguém, usando o celular da vítima, tentou se passar por ela e mandou mensagens aos familiares dizendo que estava viajando. Porém, os textos escritos continham erros gramaticais que a professora jamais cometeria.
Quase que no mesmo intervalo de tempo em que as supostas mensagens da professora foram enviadas, uma mulher também entrou em contato com os familiares para dizer que Maria Mendonça estava viajando e que deixou as chaves com ela para que reparasse a casa até 10 de agosto, quando a professora aposentada supostamente retornaria de viagem.
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A mulher em questão é uma ex-companheira de um sobrinho da idosa, a qual, segundo os familiares, Maria não tinha vínculo. Foi então, que a família registrou o Boletim de Ocorrência policial no último domingo (31), informando o desaparecimento da professora.
O corpo estava envolvido numa rede
Inquietos e já preocupados, a família conseguiu entrar na casa da professora e encontrou o imóvel todo revirado. Alguns familiares desconfiaram de uma obra no quintal, um piso de concreto feito recentemente e que para ser construído teve que danificar um pé de erva-cidreira que a professora cultivava com carinho.
Acompanhados de policiais civis e Corpo de Bombeiros, a família removeu o concreto e encontrou o corpo da aposentada já em decomposição, envolvido em uma rede. A cova rasa ficava no quintal da casa.
Na casa da mãe da possível suspeita, os familiares da vítima encontraram duas malas contendo roupas e sapatos da professora.
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A Polícia Civil informou que um inquérito foi aberto e diligencias estão sendo feitas para identificar suspeitos e levantar informações sobre a motivação do crime.
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