Uma discussão entre vizinhos por conta de som alto resultou na morte de um casal no último sábado (17), no bairro da Pedreira, em Belém. Um dos motivos que chocou ainda mais a cidade foi que o principal suspeito do crime é justamente quem deveria trabalhar pela segurança da população, um guarda municipal identificado como Paulo Sérgio Moraes.
A expectativa para que ele se entregasse à polícia era grande desde as primeiras horas desta terça-feira (20). O agente de segurança pública chegou a ser ouvido na Divisão de Homicídios (DH) em São Brás, porém foi liberado em seguida, pois a Justiça ainda não havia dado decisão sobre o pedido de prisão preventiva feito pela PC.
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A prisão do acusado aguardada com grande expectativa pelos familiares de Debora Lima de Assunção e Marcos Vinícius Barbosa Brandão, que esperavam na frente da DH por um posicionamento sobre o inquérito que apura o crime brutal.
"A mãe dela é muito adoentada e não pode estar aqui. Meu pai também, que criou ela, não está nada bem. A gente quer justiça", desabafa a tia de Debora.
Já a prima da vítima, que não quis se identificar, contestou uma informação dada pela Guarda Municipal de Belém, de que a corporação estaria prestando apoio aos familiares após a morte do casal. "Em nenhum momento. Não tivemos nenhum apoio, nem mesmo ligação. A notícia de que eles estariam prestando apoio à familia é falsa", afirma.
Já o irmão de Marcos, que teme represálias, diz que a delegada da Divisão de Homicídios chegou a dizer aos familiares que o suspeito do crime foi ouvido, porém foi liberado em seguida.
Ele também se sente indignado pela ação ter sido provocada por um agente de segurança pública e pelo homem suspeito do crime ainda não ter sido preso.
O irmão da vítima diz ainda que viaturas da Guarda Municipal de Belém são vistas contantemente na rua em que o crime ocorreu desde o dia da morte do casal.
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