Parecia filme de "bang-bang", mas ao invés do cenário de faroeste os bandidos escolheram uma igreja como local para trocar tiros com a Polícia Militar. O caso aconteceu na noite de domingo (13) para hoje (14), em Marituba, Região Metropolitana de Belém.
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Dois dos suspeitos morreram. Segundo os próprios comparsas, todos seriam integrantes da facção criminosa Comando Vermelho. Um deles, Ronaldo de Souza Silva, idade não divulgada, estava foragido do sistema penitenciário há quatro meses. O outro é Alberto Santos Júnior de 34 anos.
Os corpos deles foram removidos pela Polícia Científica do Pará. O caso é investigado pela Seccional de Marituba.
As informações que você vai ler nesta matéria são com base no depoimento de uma envolvida na situação, Dayara Cardoso do Carmo, de 26 anos, companheira de Ronaldo de Souza Silva. Ele acabou vítima de intervenção policial, junto com Alberto.
Ela, que já foi presa por tráfico de drogas, em Altamira, contou que Ronaldo e Alberto são amigos e integrantes do Comando Vermelho. Disse ainda que dentro da organização criminosa Ronaldo tinha a função de "organizar missões", mas não soube explicar que "missões" seriam estas, porém acrescentou que eles costumavam praticar assaltos em Abaetetuba, Acará, Barcarena e outras cidades cujo acesso se dá pela Alça Viária.
Dayara relatou que a dupla sempre praticava assaltos e saiam de carro para praticar os crimes, tendo Geraldo Farias Pereira Júnior, de 26 anos, como o motorista "oficial". Pontuou ainda que os assaltantes conheceram Geraldo no grupo de Whatsapp da facção criminosa e que ele tem por função fazer corridas para os membros do Comando Vermelho, além de fotografar policiais que estariam na mira da facção.
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Ontem (14), o motorista Geraldo passou na casa de Ronaldo para pegar ele e Alberto. O trio iria assaltar um homem que mora sozinho no terreno de uma empresa que fica na rua Assembleia de Deus, em Marituba. Dayara entrou no carro e foi junto.
Durante o trajeto, os meliantes passaram por uma viatura da PM e, com medo, Geraldo acelerou e acabou chamando a atenção dos policiais militares que seguiram atrás do carro, dando ordem para que parassem. Eles pararam em frente ao uma igreja evangélica e Ronaldo e Alberto entraram no templo, fazendo fieis reféns.
Houve troca de tiros. Dayara foi ferida no braço. Um sargento da PM, cujo nome não será divulgado, foi ferido na mão. O militar foi socorrido para o Hospital Porto Dias, onde passou por cirurgia. Uma pessoa que participava do culto quando a igreja foi invadida foi ferida e levada para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Marituba.
Dayara e Geraldo foram conduzidos para a Seccional. Lá, o motorista negou a versão apresentada por Dayara e disse que não conhecia Ronaldo e Alberto. Alegou que o carro que dirigia, e que foi apreendido, era de um amigo e que tinha pedido emprestado para trabalhar porque o carro dele está com problemas mecânicos.
Questionado sobre o motivo de ter acelerado ao passar pela viatura da Polícia Militar, Geraldo disse que foi ameaçado pela dupla, que apontou a arma e deu ordem para ele ir rápido até a igreja.
A polícia apreendeu armas e drogas que estavam com os envolvidos.
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