Alunos e profissionais da educação de Santarém, no oeste paraense, organizam um ato para a manhã desta segunda-feira (30), na Praça São Sebastião, em defesa de uma professora vítima de agressão no município. Segundo o Boletim de Ocorrência, ela foi espancada e torturada por pelo menos cinco pessoas da mesma família, em uma casa no bairro Urumari, no último dia 24 de janeiro.
Na tarde de quarta-feira (25), a vítima foi ouvida em depoimento na 16ª Seccional de Polícia Civil pelo delegado Herberth Farias Junior, que instaurou inquérito para apurar as acusações contra Marilza Serique, Samai Serique, Julio Navarro e Juscelino, todos da mesma família, por crimes de tortura, cárcere privado e lesões corporais.
A vítima relatou ter sofrido a tortura pelo não pagamento de uma dívida no valor de R$ 2 mil. Ela é casada com o sobrinho do marido de uma das agressoras.
(Foto: via Whatsapp)
GOLPES DE TESOURA E CABELO CORTADO
A vítima contou ter sido atraída até o local após uma ligação para que fosse levar um remédio até a casa de uma pessoa ligada à família, no bairro do Urumari.
Ela então foi levada até um quarto, onde recebeu ameaças de morte, foi espancada, golpeada com tesoura e teve o cabelo cortado.
Depois das agressões, a professora conta que foi deixada na estrada do Pajuçara, na zona urbana de Santarém.
Após ser atendida na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) 24 horas, a vítima procurou a polícia ainda na madrugada de terça-feira.
O delegado de plantão alegou estar ocupado com outros procedimentos de flagrante e não registrou o Boletim de Ocorrência, o que levou a professora a procurar o Ministério Público do Estado do Pará (MPE-PA) na manhã seguinte.
Após a denúncia no Ministério Público, o caso foi registrado e o inquérito instaurado, com o atendimento realizado pela promotoria de Justiça e Direitos Humanos, Controle Externo da Atividade Policial, Execuções Penais, Penas e Medidas Alternativas de Santarém.
Até este sábado (28), a professora ainda não havia retomado às atividades nas duas escolas onde leciona.
(DOL com informações do MPE-PA)
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