Talvez você se lembre de Jacob Anthony Chansley, conhecido como “Jake Angeli”, preso e condenado pela invasão do Capitólio — sede do Congresso dos Estados Unidos — no dia 6 de janeiro de 2021. No Brasil, ele ficou conhecido como “viking do Capitólio” por causa da vestimenta.
O americano, que se autodenominava “xamã do QAnon” – a QAnon é apontada como uma fação de extrema direita – usava um adereço similar a um cocar, porém, de peles, e também com chifres. Ele carregava uma lança e estava com o rosto pintado com a bandeira dos Estados Unidos. A imagem dele viralizou e rodou o mundo.
Quase um ano e meio depois, no último domingo (1º), em um ato de apoio ao deputado federal Daniel Silveira (PTB-RJ) em Niterói, na região metropolitana do Rio de Janeiro, o parlamentar teve ao seu lado enquanto discursava para apoiadores um homem que usava chifres, peles e um cocar indígena com o rosto pintado de verde e amarelo.
Daniel Silveira é trata como "mártir" em ato bolsonarista
O apoiador que apareceu ao lado de Silveira hoje no ato segurava a bandeira do Brasil e entregou ao parlamentar bolsonarista uma placa que imita as usadas para nominar as ruas do Rio de Janeiro com a descrição: “Rua Dep. Daniel Silveira, deputado, mártir, defensor da liberdade, da vida e dos direitos individuais, preso injustamente por crime de opinião”.
Vale lembrar que Silveira foi eleito em 2018 e uma das imagens mais representativas de sua campanha é a que ele aparece com uma placa com o nome da vereadora Marielle Franco quebrada por ele. Marielle, que era do PSOL, foi assassinada em março de 2018.
Na placa entregue ao deputado na manifestação o apoiador se identifica por um perfil no Instagram como Julio Monteiro.
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