O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), disse nesta terça (10) que o sistema eleitoral brasileiro é confiável, mas que poderia ser aperfeiçoado.
"O povo vai escolher, sem eufemismo de dizer que aquela urna presta ou não. Eu fui eleito nesse sistema durante seis eleições e não posso dizer que esse sistema não funciona. O sistema é confiável, precisa de ajustes, mas é importante que tenhamos tranquilidade política no pleito, e teremos", disse.
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O presidente da Câmara falou sobre o tema em um evento organizado pelo banco BTG Pactual em Nova York (EUA). O presidente da Câmara fica na cidade até quinta (12).
A fala de Lira ocorre no momento em que o presidente Jair Bolsonaro (PL) amplia insinuações golpistas, ataques às urnas e promete contratar uma auditoria privada que pode, segundo ele, "complicar" o tribunal antes da eleição. Lira, líder do bloco do centrão, é um dos principais aliados de Bolsonaro.
"As instituições brasileiras são fortíssimas, funcionam plenamente, já tivemos encontros e desencontros, e a Câmara, com todas as dificuldades na pandemia, votamos matérias importantíssimas, que gerarão oportunidades de mais de 800 bilhões de dólares em investimentos nos próximos anos", disse Lira.
Ele afirmou também esperar que o Congresso siga sob controle da centro-direita, independentemente do resultado das eleições presidenciais de outubro. E que os políticos de centro serão uma garantia de que o processo ocorrerá sem sobressaltos.
"O Congresso que for eleito em outubro, eu não tenho dúvida, será de centro-direita, os partidos que se reforçaram na janela partidária são de centro-direita, formamos hoje cerca de 300 deputados", estimou.
"Seja qual for o presidente eleito do Brasil em outubro desse ano, o Congresso será reformista, liberal, de centro-direita que dará um rumo para que o Brasil continue no caminho das transformações", projetou.
O presidente da Câmara também fez uma defesa do semipresidencialismo como opção para avançar com as reformas no Brasil.
"Em um sistema político do Brasil em que um presidente precisa de 70 milhões para se eleger, seja qual for, vai ponderar muito antes de apoiar e assinar matérias polêmicas em ano de eleição", afirmou.
"Diferentemente de um primeiro-ministro escolhido pelo presidente, votado pelo Congresso, que precisará de 100 mil, 80 mil, na sua base para voltar ao Congresso. Seria um governo de corresponsabilidade, de ônus e bônus, é isso que o Brasil precisa", afirmou.
Sobre a economia, Lira disse que o Brasil passa por um momento de oportunidades, mas que o país ainda sofre com efeitos da crise gerada pela pandemia e da guerra na Ucrânia. E que a alta da inflação deve aumentar a polarização política.
Lira reclamou que 96% do Orçamento têm destinação obrigatória, o que limita o poder do Congresso para agir. Disse que desvincular recursos seria uma saída para reforçar inclusive o combate ao desmatamento.
Também questionou as críticas às chamadas emendas de relator. "Não sei como consegue ser secreto se cadastra, é público, consta no sistema do ministério que é empenhado, liberado, tem toda a fiscalização dos órgãos de controle do país", afirmou.
"Defendo rigor na apuração de CGU, AGU, de quem fizer errado. Mas mudanças necessárias de um país como o nosso só serão desenvolvidas quando parlamentares que vão e voltam toda a semana para os seus estados conhecem problemas na base e podem identificar o que deve ser feito de infraestrutura."
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