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SEM PRIORIDADE

Bolsonaristas se negam a votar pedofilia como crime hediondo

Deputados federais aliados do presidente não aprovaram projeto de lei que incluiria a pedofilia na lista de crimes hediondos; entenda.

Imagem ilustrativa da notícia Bolsonaristas se negam a votar pedofilia como crime hediondo camera Plenário da Câmara rejeitou por ampla maioria priorizar a PL que tornaria pedofilia em crime hediondo | Pablo Valadares/Câmara dos Deputados

Na Câmara dos Deputados, inúmeros projetos de lei são protocolados pelos parlamentares para, a depender do decorrer do processo, se tornarem novas leis que entram em vigor na legislação brasileira. Porém, um passo importante entre tantos processos é a votação em plenário, onde é necessária a adesão de outros deputados para que o projeto tramite.

Na tarde desta quarta-feira (19), o plenário da Câmara discutiu sobre tornar como prioridade a análise do Projeto de Lei nº 1771/2015, o qual discorre sobre a inclusão da pedofilia entre os crimes hediondos, além de propor que a pena para o ato seja cumprida inicialmente em regime fechado e insuscetível de anistia, graça, indulto e fiança. Com a prioridade, o PL seria apreciada mais rapidamente.

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No entanto, a prioridade não foi aprovada. Deputados, principalmente os aliados ao presidente e candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL), derrubaram a análise do projeto por 224 votos contrários a 135 votos a favor. Assim, não há previsão para ser realizada a votação sobre a proposta.

O Projeto de Lei tem a relatoria do deputado Charlles Evangelista (PP-MG). Parlamentares da base governista, como PP, União Brasil, PSC e Patriota, alinhados com o Governo Bolsonaro, seguiram as orientações da direção dos partidos e votaram contra a inclusão pauta, e a sessão foi encerrada sem sequer haver a apreciação do mérito do projeto.

A tentativa de votação da proposta aconteceu dias após Bolsonaro afirmar que "pintou um clima" com adolescentes de 14 e 15 anos durante um passeio de moto na comunidade de São Sebastião, nos arredores de Brasília.

Na oportunidade, o presidente se deparou com meninas refugiadas da Venezuela bem apresentadas, as quais, segundo ele, estariam em situação de exploração sexual infantil e prostituição.

As falas geraram uma grande repercussão, especialmente entre a oposição e demais setores da sociedade, que viram indícios de pedofilia nas falas do mandatário.

CRÍTICAS

Após a derrubada do PL, a deputada do PT do Ceará, Luizianne Lins, criticou o Parlamento, especialmente o presidente Jair Bolsonaro.

"Bolsonaro está com indícios, sim, de pedofilia na sua prática", iniciou a parlamentar. "Nós precisamos dizer isso em alto e bom tom! É uma situação que barbarizou, que chocou o Brasil", defendeu.

A deputada federal Erika Kokay (PT-DF) também defendeu a votação imediata do PL 1771/2015. "Vamos deixar de proteger os pedófilos! Estamos aqui para defender os direitos de crianças e adolescentes, que estão sendo desrespeitados", afirmou.

"Não se pode simplesmente tentar desqualificar uma fala. Cabe à base do governo mostrar que Bolsonaro não é pedófilo. Se o presidente entrou em uma casa e achou que havia uma situação de exploração sexual, porque tudo indica que não havia situação de exploração sexual, que é mais um preconceito xenófobo do presidente, ele deveria ter tomado alguma atitude, mas não tomou nenhuma providência", acrescentou.

Fernando Carneiro, vereador de Belém pelo PSOL, também criticou a rejeição ao Projeto de Lei. "Tão com medo de quê!??", incitou. Veja!

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