Com a proximidade de 2023, também já começa a tomar forma a equipe responsável pelos diversos setores governamentais quando Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tomar posse e assumir pela terceira vez a Presidência da República, em 1º de janeiro.
Até aqui, mais da metade dos nomes dos futuros ministros de Lula já foram anunciados, porém ainda faltam indicações para pastas importantes, como Minas e Energia, Meio Ambiente, Comunicação, Turismo, Integração, entre outros.
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Espera-se que os demais ministros sejam anunciados ainda nesta semana, porém um nome parece mais do que confirmado: segundo o jornal O Estado de São Paulo, o senador Carlos Fávaro (PSD-MT) vai assumir o Ministério da Agricultura em 2023.
A informação teria sido confirmada por membros da cúpula do governo petista. Há, ainda, a previsão de que o deputado Neri Geller (PP-MT) seja seu secretário executivo na pasta, mas nada foi confirmado ainda.
Fávaro é conhecido pelo trabalho desempenhado à frente da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja/MT). Tal função o projetou para o mundo político nos últimos anos e acarretou em sua eleição como senador nas Eleições Gerais de 2018.
Hoje em dia, a Aprosoja-MT faz oposição a Fávaro, dizendo que o senador que decidiu apoiar o governo Lula "não tem legitimidade para representar o setor como interlocutor em Brasília".
PROBLEMA DELICADO
A escolha de Carlos Fávaro para o Ministério da Agricultura foi possível, porém, depois da resolução de um problema político delicado, relacionado à suplente que assumirá o seu posto no Senado.
Margareth Buzetti (PP-MT) é apoiadora do presidente Jair Bolsonaro (PL) e, durante o segundo turno das Eleições 2022, chegou a fazer campanha nas ruas com o grupo "Mulheres com Bolsonaro".
Segundo o jornal O Estado de São Paulo, Margareth Buzetti já teria se desfiliado do PP e deixaria de apoiar Bolsonaro. Na última sexta-feira (23), inclusive, ela se filiou ao PSD, partido de Fávaro e do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).
INTERLOCUÇÃO
De acordo com a publicação do Estadão, a escolha de Fávaro contou, nos bastidores, com a ajuda e conselhos de pessoas como o ex-ministro da Agricultura no governo Dilma Rousseff, Blairo Maggi.
Nos últimos dias, Maggi fez conversas por telefone com a alta cúpula do PT, para apontar caminhos de como os petistas podem refazer as pontes com o agronegócio, setor que apoiou em massa a reeleição do presidente derrotado Jair Bolsonaro (PL).
Em novembro, a Aprosoja-MT declarou que, "ao apoiar as políticas do PT, que, inclusive, apoiam invasões de propriedades privadas", Fávaro e Neri Geller teriam entrado "diretamente em divergência com os valores conservadores da classe produtora."
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