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DENTRO DE RESTAURANTE

Preso agrediu mulher em banheiro por achar que ela era trans

O homem agrediu uma mulher cisgênero no banheiro de um restaurante em Recife (PE) por achar que ela fosse uma mulher transsexual

Imagem ilustrativa da notícia Preso agrediu mulher em banheiro por achar que ela era trans camera Cliente foi confundida como uma mulher trans e agredida em restaurante | Reprodução

A Polícia Civil de Pernambuco prendeu nesta quinta-feira (28) o homem que agrediu uma mulher no banheiro de um restaurante no Recife por achar que ela fosse uma mulher transsexual.

A prisão foi confirmada pela Polícia Civil. O agressor foi identificado por uma ex-companheira como sendo Antônio Fellipe Rodrigues Salmento de Sá. Estava previsto que ele prestasse depoimento à polícia nesta quinta. A reportagem tenta contato com a defesa do homem.

A prisão foi preventiva (por tempo indeterminado), conforme apurou a reportagem. O histórico de violências do homem, inclusive contra ex-companheiras, está sendo investigado pelas autoridades. Três ex-mulheres de Antônio Felipe relataram ter sido agredidas pelo homem, inclusive, com uma delas citando que ele teria atirado contra ela.

Corporação disse que repassará mais informações nesta sexta-feira (30). Os detalhes da detenção e apuração do caso serão divulgados em coletiva de imprensa pela manhã, informou a Polícia Civil.

Advogados do homem negam violência doméstica. Os defensores Madson Aquino e Marília Franco negaram o histórico de violência do homem contra mulheres. "[Nosso cliente] não responde a nenhum processo envolvendo violência sob o contexto doméstico e familiar, bem como não detém qualquer histórico de agressões ou discriminação com qualquer pessoa LGBTQIAPN+", disseram.

Antes da prisão, os advogados preferiram não comentar a agressão no restaurante. "A defesa se resguardará a prestar esclarecimentos específicos oportunamente após ter acesso aos autos de investigação", disse. "Todos os fatos serão esclarecidos perante a Autoridade Policial."

COMO FOI A AGRESSÃO

Mulher do agressor disse ao marido que uma "mulher trans" usava o banheiro. Então, o homem levantou da mesa que estava com a esposa e um primo e ficou esperando na porta do banheiro do restaurante Guaiamum Gigante até a mulher sair. O caso ocorreu no sábado (23).

Ele perguntou à vítima se ela era homem ou mulher. Quando a vítima questionou o motivo da pergunta, o homem respondeu que ela estava no "banheiro errado" e desferiu um soco no rosto da mulher, contou o publicitário e amigo dela, Hilário Júnior, à reportagem. O soco foi tão forte que quebrou os óculos da vítima.

Vídeos registraram a confusão. As imagens mostram o suspeito sendo contido por clientes e funcionários do restaurante após a vítima gritar.

Ao descobrirem que ela não era uma mulher trans, o restaurante tentou apaziguar. Segundo o amigo, "não queriam que o movimento fosse prejudicado na antevéspera do Natal", disse.

Homem fugiu com a esposa. Antônio Felipe deixou o local, sem aguardar a Polícia Militar, após ser retirado do estabelecimento pelos próprios seguranças do restaurante, segundo o amigo da vítima.

O restaurante nega que seguranças protegeram agressor. Em nota, o estabelecimento alega que "cuidou em promover a imediata retirada do agressor do ambiente, de modo a resguardar a integridade física e psicológica da pessoa agredida e demais clientes".

PRECONCEITO CONTRA LGBTQIA+ É CRIME

Em 2019, o STF decidiu que homofobia e transfobia devem ser punidas pela Lei de Racismo. A pena varia de um a três anos além de multa, podendo chegar a cinco anos se houver divulgação em meios de comunicação.

Para denunciar casos de homofobia no Brasil, disque 100. Ao presenciar agressão contra mulheres, ligue 190.

Também é possível denunciar pelo número 180 -Central de Atendimento à Mulher. O Disque 100 apura violações aos direitos humanos.

Casos de violência doméstica costumam ser praticados por parceiros ou ex-companheiros. A Lei Maria da Penha, porém, pode ser aplicada a agressões cometidas por outros familiares.

O Brasil foi país que mais matou transsexuais em 2022. Foram 131 mortes em um ano, segundo a Antra (Associação Nacional de Travestis e Transexuais).

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