Um dos destinos turísticos mais importantes da Amazônia, Alter do Chão, no baixo Tapajós, teve o último domingo (16) marcado por aglomerações na vila e nas praias, de banhistas sem máscaras e desrespeitando todas as medidas de segurança em combate a pandemia de Covid-19. As informações são do portal O Estado Net e do Jornalistas Livres.

No dia 21 de julho, mesmo com o número de casos e mortes, o prefeito de Santarém, Nélio Aguiar (DEM-PA), que também é médico, decidiu liberar o acesso às praias do município. O turismo voltou a crescer na região, assim como a irresponsabilidade de muitas pessoas que visitavam o balneário. 

Enquanto a maioria dos moradores, que atuam no setor de turismo, utilizava máscaras e álcool em gel, a maior parte dos turistas, vindos principalmente de Santarém, protagonizou aglomerações, sem o uso de máscara, sem qualquer cuidado, como se a pandemia já tivesse acabado.

PANDEMIA

A primeira morte por Covid-19 confirmada em Alter do Chão foi registrada no dia 19 de março. A vítima, uma indígena. A prefeitura de Santarém imediatamente decretou o fechamento das praias do município e, prontamente, a comunidade, em sua maioria formada por indígenas Borari, entendeu o recado e fez um eficiente isolamento social.

Os serviços de turismo pararam e muitas famílias se refugiaram no interior, distantes das praias. Enquanto isso, os casos e mortes por Covid-19 explodiram em Santarém. Resultado: rapidamente, as vagas em UTIs, para tratamento dos casos graves, se esgotaram.

Apesar disso, muitos turistas, continuaram a manter suas rotinas de visitar Alter do Chão nos finais de semana, desrespeitando o decreto municipal de fechamento das praias. Foi, então, que os moradores da vila, através de conselhos comunitários, pediram à prefeitura a decretação de lockdown no balneário. Uma barreira foi montada na estrada que liga a cidade de Santarém a Alter do Chão.

A medida deu certo e o vírus não se espalhou pela vila. Até hoje, apenas uma morte confirmada, causada pela doença que já deixou quase 110 mil mortos no país.

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