Xixi na cama: veja os riscos da enurese e como tratá-la

Você já ouviu falar em enurese infantil? O conhecido “fazer xixi na cama” é um distúrbio no qual as crianças, principalmente os meninos, urinam involuntariamente enquanto dormem. Embora não seja um problema grave, pode ter um impacto significativo no bem-estar emocional e social das crianças.

Não são raros os casos de garotos que se sentem constrangidos ou envergonhados, o que pode levar à baixa autoestima e ao isolamento social. As crianças também podem sofrer com sono interrompido, oscilações de humor e de comportamento.

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Existem vários fatores que podem contribuir para a enurese infantil. Uma das causas mais comuns é certa “demora” no desenvolvimento da bexiga e do sistema urinário. Isso significa que a bexiga da criança ainda não está pronta o suficiente para reter a urina por uma noite inteira. Fatores genéticos, desequilíbrios hormonais e questões psicológicas, como estresse e ansiedade, também podem contribuir para este quadro, afirma o cirurgião e urologista pediátrico Dr. Alfredo Abud, que possui quase duas décadas de experiência. Para ele, é cada vez mais fundamental que os pais busquem atendimento médico para tratar com rapidez os sintomas.

Embora os sintomas da enurese possam ser preocupantes para os pais, ela pode ser comum até cerca de 5 e 6 anos de idade e tende a desaparecer à medida que a criança cresce.

COMO IDENTIFICAR E TRATAR?

Caso o “xixi na cama” torne-se constante, é fundamental procurar atendimento médico, explica Dr. Alfredo Abud, um dos responsáveis pela clínica Renal Kids, a que mais possui especialidades infantis na Amazônia.

Atualmente, existem várias opções de tratamento disponíveis para a enurese infantil, que variam de acordo com a análise de cada caso e diagnóstico do paciente. Uma das possibilidades mais comuns é a terapia comportamental, que envolve o estabelecimento de uma rotina regular de uso do banheiro e também em relação a nutrição, evitando, por exemplo, o consumo de alimentos mais ácidos e grande quantidade de líquidos antes de dormir.

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Há também a “terapia de alarme”, que envolve o uso de um dispositivo que soa um alarme quando a criança começa a fazer faz xixi na cama. Após este sinal, que não possui contraindicações nem efeitos colaterais, a criança acorda e se dirige ao banheiro, para urinar de fato. O uso de medicamentos também pode ocorrer, mas eles devem ser indicados por um médico, afinal podem gerar efeitos adversos.

Durante o tratamento, é fundamental também o papel dos pais, que não devem brigar ou maltratar as crianças por causa da enurese, mas sim compreender que é uma fase e que, com o tratamento adequado, ela passará.

ALFREDO ABUD

Com quase duas décadas de experiência, Alfredo Abud é graduado pela Universidade do Estado do Pará (Uepa), possui formação em Cirurgia Pediátrica e Urologia Pediátrica no Hospital Estadual Infantil Darcy Vargas, em São Paulo e transplante renal pediátrico pelo Hospital Samaritano de São Paulo.

Membro Titular da Associação Brasileira de Cirurgia Pediátrica, é cirurgião assistente na Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará; no Hospital Universitário João de Barros Barreto e na Unimed (Belém-PA).

Abud também é mestrando em Urologia Pediátrica pela Universidad Internacional de Andalucía (Espanha) e coordenador do Serviço de Cirurgia Pediátrica do Hospital Regional da Transamazônica (Altamira) e do Hospital Regional Materno Infantil de Barcarena.

Atualmente, é um dos responsáveis pela Renal Kids, clínica referência em cuidado e tratamento renal infantil, mas que também possui diversas outras especialidades pediátricas em um só lugar. A empresa está situada Rua Bernal do Couto, 469, bairro do Umarizal, em Belém.