Já pensou em acordar e perceber que perdeu os movimentos de uma parte do rosto? Sabia que isso pode ser mais comum do que se imagina? Isso porque a paralisia facial é uma condição frequente e pode ser causada pelo vírus da herpes ou até o vírus da gripe, além poder ser acusada por doenças como o AVC, um tumor ou meningite, trauma ou acontecer como sequela de uma cirurgia.
De acordo com a fisioterapeuta Neurofuncional, Erika Grunvald, a Paralisia de Bell é a mais comum, e é causada pelo vírus da herpes e algumas situações que o despertam, como trocas bruscas de temperatura e estresse. “O nervo inflama e para de mandar estímulo aos músculos, por isso, a paralisação dos movimentos. Dependendo do grau de inflamação e das estruturas que estão intimamente ligadas ao nervo facial, outros sintomas como dor atrás da orelha, zumbido, alteração no paladar e dormência, podem estar presente”, afirma a especialista.
Segundo a Secretaria de Saúde do Estado do Pará, entre 2022 e 2023, aproximadamente 1.200 casos de paralisia facial foram registrados no estado. Isso sugere uma média de cerca de 600 casos por ano no Pará.
“O mais importante na reabilitação é a rapidez com que o paciente procura atendimento. O ideal é que em até 7 dias, a partir dos primeiros sintomas, a pessoa inicie o tratamento”, complementa Erika.
Paralisia periférica x AVC
A Paralisia de Bell é causada por uma inflamação no nervo facial e não tem relação com problemas no cérebro, diferente da paralisia facial decorrente do AVC, que ocorre quando a lesão no cérebro atinge áreas cerebrais que comandam os nervos da face.
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A apresentação clínica da paralisia dos dois também é bem diferente. “No caso do AVC, a paralisia atinge os músculos inferiores da face, o indivíduo consegue abrir e fechar os olhos, por exemplo. No caso da paralisia periférica, um lado da face é atingido: os músculos frontais são atingidos, o olho não fecha, a boca desvia e o músculo do pescoço também é comprometido”, finaliza a fisioterapeuta.
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