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Março Lilás: conscientização sobre câncer de colo do útero

Um levantamento do Inca estima que 1.980 novos casos sejam registrados na região Norte do Brasil até o fim deste ano, sendo 830 só no Pará.

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Imagem ilustrativa da notícia Março Lilás: conscientização sobre câncer de colo do útero camera A neoplasia maligna pode ser evitada em 100% dos casos quando as lesões precursoras são detectadas e tratadas precocemente | Divulgação

O mês de março, dedicado à conscientização sobre o câncer de colo do útero, simbolizado pelo "Março Lilás", é uma oportunidade fundamental para refletirmos sobre a importância da prevenção e do cuidado com a saúde da mulher. Essa reflexão se torna ainda mais urgente quando consideramos que o câncer de colo do útero é o segundo com maior incidência entre as mulheres do Pará, de acordo com dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA).

Durante o mês de março, diversas ações são realizadas para informar a população sobre a importância do diagnóstico precoce e da vacinação contra o HPV, que são medidas eficazes na redução dos casos da doença.

Atualmente, o Centro de Alta Complexidade em Oncologia do Hospital Ophir Loyola (HOL) oferece tratamento para 1.082 mulheres diagnosticadas com a doença, desempenhando um papel essencial no combate e assistência.

Um levantamento do Inca estima que 1.980 novos casos sejam registrados na região Norte do Brasil até o fim deste ano, sendo 830 só no Pará.

Os números preocupam, pois a neoplasia maligna pode ser evitada em 100% dos casos quando as lesões precursoras são detectadas e tratadas precocemente. O acesso aos serviços de saúde e a conscientização sobre a importância dos exames preventivos são fundamentais para reduzir esses índices. No entanto, o rastreamento depende da demanda espontânea, ou seja, a decisão de realizar o exame preventivo cabe à própria paciente, tornando ainda mais necessário o incentivo à sua realização.

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Também conhecida como câncer cervical, a doença é causada por uma infecção persistente pelos tipos 16 e 18 do Papilomavírus Humano (HPV), considerados oncogênicos e de transmissão sexual. Quando não tratado a tempo, pode evoluir para sintomas graves, como sangramento vaginal irregular, corrimento com odor desagradável, dor pélvica persistente e dor durante a relação sexual.

A oncoginecologista do HOL Ellen Ribeiro alerta que o cuidado com a saúde ginecológica deve começar desde a primeira relação sexual. “A consulta ginecológica regular é essencial para a prevenção, pois os tumores ou lesões pré-cancerígenas costumam ser assintomáticos no início. Exames como o Papanicolau e a colposcopia são fundamentais para o diagnóstico precoce, mesmo quando não há sintomas”, destaca.

Silencioso, o câncer do colo do útero se origina de células que crescem de forma desordenada e podem se espalhar para outros órgãos, causando metástase. “O exame preventivo deve ser realizado preferencialmente antes do surgimento dos sintomas e, idealmente, uma vez ao ano por mulheres entre 25 e 64 anos que tenham vida sexual ativa. Infelizmente, muitas nunca fizeram esse exame”, alerta a especialista.

A cabeleireira Diene da Cunha, de 35 anos, é uma das pacientes do HOL e admite que negligenciou sua saúde ginecológica. Diagnosticada com câncer de colo do útero em 2023, passou recentemente por uma histerectomia. “Tive sangramento e dores intensas durante a relação sexual, mas evitava os exames por vergonha. Hoje me arrependo profundamente. Se tivesse seguido as orientações médicas, não estaria enfrentando tantas cicatrizes e limitações. O que mais me dói é saber que nunca mais poderei gerar um filho”, desabafa.

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Nos estágios iniciais, o tratamento cirúrgico contra a doença pode ser curativo. Caso a paciente deseje preservar a fertilidade, há opções de cirurgia conservadora. Em casos mais avançados, os sintomas podem incluir dificuldades para urinar, dor lombar, inchaço nas pernas, fadiga extrema e perda de peso sem causa aparente. Nesses casos, o tratamento envolve radioterapia e, em algumas situações, quimioterapia.

Moradora de Marabá, no sudeste paraense, Maria Valente, de 61 anos, só descobriu a doença após cinco anos sem fazer o exame preventivo. “Comecei a menstruar novamente do nada e senti dores. Isso me assustou, então procurei um médico e fui diagnosticada. Hoje estou em tratamento, mas com esperança de cura. No SUS, estou sendo bem cuidada e acolhida”, relata.

Além do HPV, outros fatores de risco para o câncer de colo do útero incluem o início precoce da vida sexual, múltiplos parceiros, baixa imunidade, tabagismo e uso prolongado de anticoncepcionais. “O uso do preservativo em todas as relações sexuais é essencial, assim como a vacinação contra o HPV para meninas e meninos de 9 a 14 anos, disponível gratuitamente no Sistema Único de Saúde”, reforça Ellen Ribeiro.

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