
Durante o período de férias escolares, a rotina da casa se transforma, e com ela, os hábitos alimentares também. A quebra de horários, os passeios e o tempo livre contribuem para o aumento do consumo de alimentos industrializados, fast food, doces e guloseimas, especialmente entre as crianças. Para a nutricionista Danielly Cruz, esse é um momento em que a alimentação emocional tende a se intensificar, afetando tanto crianças quanto adultos.
“A alimentação emocional é caracterizada pelo impulso de comer mesmo sem fome física, muitas vezes como forma de lidar com emoções como tédio, ansiedade ou até felicidade”, explica. Segundo ela, nas férias, esse comportamento se torna mais comum justamente por conta da mudança na rotina, levando ao consumo excessivo de alimentos ricos em açúcar, gordura e sódio.

Mas é possível manter uma alimentação equilibrada, mesmo fora da rotina, sem apelar para restrições severas ou sentimentos de culpa. “Férias também são um momento para relaxar e aproveitar, e isso inclui poder comer com prazer. O segredo está no equilíbrio e na consciência”, destaca a nutricionista. Ela sugere incluir receitas novas em família, frutas, verduras e bastante hidratação como formas práticas de manter a saúde em dia durante esse período.
Danielly também orienta os pais a adotarem estratégias simples para manter a qualidade das refeições mesmo em passeios, viagens ou idas ao cinema. “Frutas frescas, castanhas, iogurte natural, sanduíches preparados em casa com ingredientes saudáveis e uma garrafinha de água já fazem uma grande diferença. E no cinema, por exemplo, a pipoca feita em casa pode ser uma boa alternativa”, orienta.
Entre os principais erros que devem ser evitados, a nutricionista cita o consumo frequente de alimentos ultraprocessados, comer por impulso, pular refeições e dietas restritivas. “O ideal é respeitar os sinais do corpo, não exagerar nas porções e evitar transformar a comida em válvula de escape para emoções.”
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Além disso, o período de recesso pode ser uma excelente oportunidade para ensinar as crianças a se relacionarem de forma mais consciente com a alimentação. “Cozinhar juntos, conversar sobre os alimentos e envolver os pequenos nas escolhas cria uma conexão saudável com a comida, sem culpa e sem proibições excessivas.”
Para finalizar, Danielly deixa um recado para as famílias: “Alimentação saudável não é perfeição, é equilíbrio. É possível aproveitar as férias com leveza, sabor e bem-estar. Comer com prazer e responsabilidade é um aprendizado que começa em casa, desde a infância.”
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