Café "engana" o cérebro e pode viciar; qual limite por dia?

O ano mal começou e a vida de muitos já retornou com sua habitual rotina, repleta de compromissos e exigências profissionais. Para lidar com a carga, muitos optam pelo café, sendo que algumas pessoas chegam a consumir várias xícaras ao longo do dia, e neste ponto os especialistas destacam a necessidade de atenção.

A reputação do café está ligada ao seu componente central: a cafeína. No organismo, essa substância impulsiona o pensamento e a memória, além de ter a capacidade de dissipar o sono. Contudo, em excesso, pode desencadear arritmias cardíacas, ansiedade e, de fato, levar à dependência.

Portanto, é crucial estar atento a algumas diretrizes:

- Limite o consumo diário de cafeína a 400 miligramas (mg). Isso equivale de 2 a 4 xícaras pequenas de café.

- Cafés instantâneos ou solúveis contém menos cafeína do que os cafés torrados e moídos.

- Evite ingerir cafeína após às 15h para não interferir no sono.

- Não é aconselhável consumir 300 mg de cafeína de uma vez.

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Lembre-se de que a cafeína não está presente apenas no café, ela também pode ser encontrada em energéticos, refrigerantes, chocolates e até em alguns medicamentos.

O efeito estimulante da cafeína, em geral, pode perdurar por até seis horas. Em alguns casos, esse período pode se estender em indivíduos que fazem uso de anticoncepcionais ou outros hormônios. Nas gestantes, o efeito pode persistir por um intervalo de 12 a 15 horas.

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Vale ressaltar que a cafeína, encontrada nas xícaras de café, pode representar sérios riscos à saúde.

A curto prazo, doses elevadas podem resultar em aumento da frequência cardíaca, pressão arterial elevada e ansiedade. O neurologista Marcelo Simis enfatiza que esse é um ponto crítico, especialmente para indivíduos com histórico de problemas cardíacos, ansiedade ou insônia.

Consumir café diariamente pode, de fato, gerar um aumento no desejo por essa substância. A cafeína atua bloqueando a adenosina, responsável pelos sinais de cansaço. Ao longo do dia, o corpo passa a exigir mais cafeína para manter a sensação de disposição, resultando em um aumento no consumo de café.

Indivíduos que consomem café com regularidade podem experimentar dois efeitos distintos:

Tolerância: O organismo começa a metabolizar mais rapidamente, a quantidade de adenosina aumenta, e a necessidade de cafeína para aliviar a fadiga cresce progressivamente.

Abstinência: Quando acostumados a tomar café diariamente em horários específicos, a ausência da substância pode levar a sintomas como cansaço, sonolência e até irritação.

A interação desses dois fenômenos pode culminar em um hábito diário de ingestão de cafeína, que, por sua vez, pode se tornar viciante.