Para os cinéfilos de plantão, o filme "O Curioso Caso de Benjamin Button" é um dos filmes mais icônicos já exibido nos grandes telões dos cinemas. Estrelado por Brad Pitt, o filme narra a história de um homem que nasceu velho e com o passar dos anos rejuvenesce.
Mas não se engane que isso só acontece nas cenas dos filmes. Cientistas identificaram o peixe conhecido como Ictiobus , mais conhecido como peixe-búfalo. O animal pode viver por mais de um século e atinge o pico da vida saudável quando estão na faixa entre os 80 e 90 anos.
Peixe que "envelhece ao contrário"
Nativo das Américas do Norte e Central, os Ictiobus, ou peixes-búfalos vivem majoritariamente nas águas doces dos EUA, Canadá, Guatemala e México. Em 2019, pesquisadores encontraram uma espécime do peixe e acreditavam que o mesmo tinha cerca de 25 anos, mas chegaram à conclusão de o animal já tinha mais de 100 anos.
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A descoberta foi divulgada na revista Scientific Reports e gerou curiosidade nos cientistas. Ainda segundo um estudo também publicado na Scientific Reports em 2021, o ictiobus fica mais forte e saudável quando se aproxima dos 100 anos. Quando alcançam aproximadamente 80 a 90 anos de vida, estes peixes passam a responder muito melhor a situações de estresse e seu sistema imunológico se torna mais resistente do que o de peixes-búfalos mais jovens.
Os peixes-búfalos e a fonte da juventude
Cientistas acreditam que a longevidade da espécie se dê por conta da dificuldade que os ictiobus têm para se reproduzir. São necessárias condições ambientais muito específicas — e ainda majoritariamente desconhecidas — para que a reprodução destes peixes se dê de maneira eficaz.
Assim, para garantir a perpetuação da espécie, estes peixes teriam se adaptado para viver por mais tempo. Ao menos é isto o que afirma Alec Lackmann, líder da equipe de pesquisa que descobriu uma forma mais eficiente de calcular o tempo de vida dos peixes-búfalos.
Com a confirmação de que os ictiobus não apenas são centenários, mas que esta longevidade pode ser resultado de uma adaptação devido a necessidades bem específicas de reprodução, algumas perguntas ficam no ar. Por exemplo, o podemos aprender com a forma que os peixes-búfalos encontraram de viver por mais tempo? Seria possível replicar isto de alguma forma em seres humanos? Afinal, a busca pela "eterna juventude" é algo recorrente na história da humanidade.
Para Lackmann, ainda é preciso pesquisar muito mais sobre os peixes-búfalos para podermos entender melhor todo esse mecanismo que lhes proporciona vida tão longa e mais saudável quando estão com mais de 80 anos de vida. Para tal, antes de mais nada, é preciso preservar a espécie — que hoje é popularmente utilizada em campeonatos de pescaria, o que pode pôr em risco espécimes mais velhos e, de quebra, impactar no avanço das pesquisas.
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