
É difícil não se impressionar com os dinossauros. Seus pescoços que pareciam tocar o céu, caudas que varriam o chão e corpos enormes que dominavam paisagens inteiras fazem com que pareçam quase imortais, criaturas capazes de desafiar o tempo. Mas, mesmo com toda a imponência, há detalhes sobre suas vidas que continuam surpreendendo os cientistas.
Parece impossível de acreditar, mas os reis e rainhas da pré-história, tinham vidas que, no fundo, eram fugazes. Enquanto hoje imaginamos tartarugas e crocodilos sobrevivendo por séculos, os dinossauros, apesar de seu tamanho monumental, seguiam um caminho muito mais curto e intenso.
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EXPECTATIVA DE VIDA CURTA
Mesmo os maiores saurópodes, como o Patagotitan mayorum, que chegava a 37 metros de comprimento e mais de 70 toneladas, tinham uma expectativa de vida surpreendentemente limitada. De acordo com o paleontólogo Paul Barrett, do Museu de História Natural de Londres, "viviam intensamente e morriam jovens". Os fósseis indicam que esses gigantes levavam cerca de 30 a 35 anos para atingir o tamanho máximo, mas raramente passavam dos 40 ou 50 anos de idade.
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Entre os dinossauros menores, o ciclo de vida era ainda mais rápido. Algumas espécies atingiam a maturidade em apenas quatro ou cinco anos e, pouco depois da reprodução, já se aproximavam do fim de suas vidas.
COMO FOI FEITA ESSA DESCOBERTA?
O segredo para descobrir essas idades estava nos anéis de crescimento dos ossos, comparáveis aos anéis de uma árvore. Camadas grossas indicam períodos de rápido desenvolvimento, enquanto anéis finos mostram fases de crescimento mais lento. Essas variações, causadas por mudanças sazonais e climáticas, permitiram aos cientistas estimar com precisão a idade dos espécimes.
QUAIS AS CAUSAS DAS MORTES?
Apesar do tamanho imponente, os dinossauros enfrentavam os mesmos desafios que qualquer outro animal: doenças, predadores, escassez de alimento e até acidentes naturais, como quedas ou raios. Segundo os pesquisadores, a principal causa de morte era a dificuldade crescente em se alimentar com o avançar da idade. Mastigar, caçar e digerir tornava-se cada vez mais difícil.
LONGEVIDADE MENOR QUE A DE HUMANOS
A conclusão derruba décadas de suposições: mesmo os maiores dinossauros, muito mais pesados que um elefante, tinham longevidade comparável ou até inferior à dos seres humanos modernos.
"Animais enormes como elefantes e baleias-azuis chegam a ultrapassar os 70 anos. Já os dinossauros, mesmo os maiores de todos, dificilmente chegavam a isso", enfatizou Barrett.
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