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O BOM VELHINHO

Papai Noel: a história por trás do maior símbolo do Natal 

Da generosidade de São Nicolau às versões de Papai Noel, Santa Claus e Father Christmas, o Natal revela como cultura, religião e história se entrelaçam.

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Imagem ilustrativa da notícia Papai Noel: a história por trás do maior símbolo do Natal  camera A figura do Papai Noel é resultado de séculos de transformações culturais, reunindo elementos de São Nicolau, tradições pagãs e símbolos do Natal cristão. | Irene Almeida/Diário do Pará

Há momentos do ano em que a rotina desacelera e dá lugar a rituais que parecem suspender o tempo. O Natal ocupa esse espaço simbólico: uma data marcada por encontros, mesas compartilhadas e histórias repetidas com carinho, como se fossem parte de um grande acordo coletivo de memória e afeto. Nesse cenário, poucos personagens exercem tanto fascínio quanto o Papai Noel, figura que atravessa gerações carregando promessas, presentes e um imaginário quase universal.

Mais do que um simples personagem natalino, o Papai Noel é resultado de um longo processo histórico, construído a partir de diferentes culturas, crenças religiosas e tradições populares. A imagem do bom velhinho que viaja pelo céu em um trenó puxado por renas e entra pelas chaminés das casas é apenas a face mais conhecida de uma narrativa muito mais antiga e complexa.

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Embora receba nomes distintos - Papai Noel, Santa Claus, Father Christmas ou São Nicolau -, o personagem guarda uma essência comum: a generosidade. Segundo o historiador Manoel Monteiro, essa figura nasceu da fusão entre tradições cristãs e pagãs. "O Papai Noel que conhecemos hoje reúne elementos de crenças nórdicas, celebrações do solstício de inverno e, sobretudo, da história de São Nicolau, um personagem real que se tornou símbolo de caridade", explica.

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QUE FOI SÃO NICOLAU

São Nicolau foi um bispo do século IV, nascido na região da atual Turquia, cuja fama se espalhou por diferentes territórios do Império Romano. Reconhecido por ajudar os mais pobres de forma anônima, ele se tornou uma referência moral ligada à solidariedade. Documentos históricos e relatos preservados pela Biblioteca do Vaticano descrevem milagres e gestos atribuídos ao santo, muitos deles associados ao ato de dar sem esperar reconhecimento.

Uma das histórias mais conhecidas narra que Nicolau teria salvado três jovens da miséria ao lançar sacos de moedas de ouro pela janela da casa onde viviam. A narrativa ajudou a consolidar a tradição de deixar botas ou meias para receber presentes, costume que atravessou fronteiras e séculos, sendo incorporado às celebrações natalinas em diversas partes do mundo.

VERSÕES LOCAIS

Com o passar do tempo, a figura de São Nicolau foi se adaptando às culturas locais. Na Inglaterra, surgiu o Father Christmas, associado às festas do inverno, à fartura e às celebrações familiares. Diferente do tom religioso, essa versão se aproximava mais da ideia de renovação do ciclo da natureza, sendo retratada como uma figura ligada ao campo, às colheitas e à passagem do ano velho para o novo.

Já na Alemanha e nos países nórdicos, o personagem absorveu traços das lendas ligadas a Odin, o deus supremo da mitologia nórdica, conhecido por suas longas jornadas pelo céu e por sua aparência de ancião barbudo. Essa influência ajudou a moldar a imagem do Papai Noel viajante, sábio e observador.

Na Holanda, a figura de Sinterklaas ganhou destaque próprio, celebrada no dia 5 de dezembro. Popularizada pelo escritor Washington Irving no século XIX, essa versão contribuiu para consolidar o Papai Noel como um personagem alegre, corpulento e próximo das crianças, fortalecendo sua presença no imaginário popular.

MUDANÇAS VISUAIS

A aparência do bom velhinho também passou por transformações significativas. Durante muito tempo, ele foi retratado com roupas verdes, cor associada à vida, à fertilidade e ao renascimento da natureza após o inverno rigoroso no hemisfério norte. Ilustrações antigas mostram um personagem mais próximo da terra e dos ciclos naturais.

Foi apenas a partir da segunda metade do século XIX que o traje vermelho começou a se popularizar, especialmente após as ilustrações do cartunista Thomas Nast, publicadas na revista *Harper’s Weekly*. Décadas depois, campanhas publicitárias ajudaram a fixar definitivamente essa imagem, associando o vermelho ao calor humano, ao amor e à celebração.

CORES NATALINAS

Além da influência comercial, fatores religiosos também contribuíram para a consolidação das cores natalinas. No cristianismo, o vermelho remete ao sangue de Cristo, à paixão e ao sacrifício, enquanto o Natal celebra o nascimento de Jesus. Igrejas, músicas, hinos e celebrações litúrgicas ajudaram a reforçar esse simbolismo ao longo do tempo.

Independentemente da origem ou da vestimenta, o Papai Noel segue como um dos principais símbolos do Natal contemporâneo. Em um mundo marcado por mudanças rápidas e tensões constantes, o personagem representa valores universais como generosidade, empatia e união comunitária. Mais do que distribuir presentes, ele encarna a ideia de que, ao menos uma vez por ano, é possível acreditar na força dos gestos simples e na renovação dos laços humanos.

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