O Banco da Amazônia encerrou, na noite de ontem, as comemorações públicas pela passagem dos 75 anos de fundação da instituição. A programação iniciou com a abertura da Exposição Látex. A mostra reúne obras dos artistas plásticos paraenses Emanuel Franco, Geraldo Teixeira, Jorge Eiró, Marinaldo Santos, Nio Dias e Ruma de Albuquerque. Os objetos, pinturas, textos e instalações visuais que compõem a mostra estão relacionados à retirada do látex no período da Belle Époque.
Segundo a curadora da exposição, Heldilene Reale, os trabalhos reúnem parte da memória da cidade a partir dos resquícios deixados pela economia da borracha. “As obras fazem uma reflexão crítica sobre o que foi e o que restou dessa memória até os dias atuais”, explica Reale. Após a abertura da exposição, diretores e convidados participaram do lançamento do Memorial do Banco da Amazônia. O espaço de 50 m², que em 1942 funcionava como o cofre da Instituição, agora reúne documentos, objetos e fotos que retratam a história do Banco desde a sua fundação. O idealizador da exposição e do memorial, Emanuel Franco, explica que o objetivo é fazer um passeio pela cidade desde a origem do banco até a atualidade e também mostrar o patrimônio histórico, econômico e social deixado pela borracha.
Foi da necessidade de incentivar a cultura da seringa que o Banco da Amazônia surgiu e segue até os dias atuais com a missão de desenvolver a região. “Ao longo desses anos o Banco teve importâncias diferentes. Hoje, está claro que devemos desenvolver a Amazônia aliando investimentos com preservação, mas só o crédito não dá conta, é necessário parcerias para se ter políticas públicas”, ressalta o presidente do Banco da Amazônia, Marivaldo Melo.
A programação foi encerrada com o lançamento do Circuito Cultural e apresentação da cantora Lia Sophia, no Teatro Maria Sylvia Nunes. O circuito vai percorrer os 9 Estados da Amazônia em 2018, reunindo todos os projetos culturais patrocinados pelo Banco. Já a exposição fica aberta o público até o dia 25 de agosto, na sede do banco.
(Leidemar Oliveira/Diário do Pará)