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HOMOFOBIA

Padre que chamou jornalistas de "viados" é denunciado

O MP declarou que as declarações do padre extrapolaram a liberdade religiosa e podem resultar em medidas extrajudiciais.

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Imagem ilustrativa da notícia Padre que chamou jornalistas de "viados" é denunciado camera O áudio viralizou chegando até os repórteres da Globo. | Reprodução/Instagram

O amor alheio, expresso da forma como cada um quer incomoda, e nem mesmo que fala tanto no sentimento como uma dádiva divina parece ter filtro na hora de falar o que não deve.

O Ministério Público do Estado do Mato Grosso denunciou o padre Paulo Antônio Müller, após o religioso repercutir nas redes sociais ao ofender o casal de repórteres da Globo Erick Rianelli e Pedro Figueiredo.

O MP declarou que “as declarações do padre extrapolaram a liberdade religiosa e podem resultar em medidas extrajudiciais, de ação civil pública por dano moral coletivo causado à sociedade, bem como ação penal, por eventual crime cometido”.

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O repórter da Globo Erick Rianelli já havia usado suas redes sociais para desabafar após outro episódio de homofobia contra ele e seu esposo ter viralizado. Na época, um empresário, dono de uma rede de lanchonetes de Brasília, enviou áudios de cunho homofóbico dentro de um grupo de mensagens.

O áudio viralizou chegando até os repórteres da Globo. Rianelli pediu para que seu público parasse de consumir os produtos oferecidos pelo empresário.

“Recebi alguns relatos sobre um empresário de Brasília que reagiu com homofobia a um vídeo em que eu declarei amor ao meu marido. Agradeço por todas as mensagens de apoio! Sobre o empresário… Acho que nenhum LGBTQ+ do Distrito Federal vai comer mais nas lojas dele”, afirmou o jornalista da Globo por seu perfil no Twitter.

O VÍDEO!

O vídeo em questão foi feito ao vivo dentro do telejornal Bom Dia Rio, o noticiário praça do Rio de Janeiro, em 12 de junho do ano passado, quando repórteres mandaram mensagens para cônjuges e namorados.

Desde então, a gravação voltou à tona após a missa e o áudio já este ano.

HOMOFOBIA É CRIME

A criminalização da homofobia foi aprovada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em 2019. No dia 13 de junho daquele ano, os ministros determinaram a conduta como crime e que passasse a ser punida pela Lei de Racismo (7716/89), que hoje prevê crimes de discriminação ou preconceito por "raça, cor, etnia, religião e procedência nacional".

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