O Remo chegou ao primeiro RexPa da Copa Verde carregando a pressão do rebaixamento na Série B do Brasileiro no último domingo. E a equipe sentiu! Os azulinos foram completamente dominados no primeiro tempo pelo Paysandu, que foram melhores tanto no quesito técnico, quanto no tático. Os bicolores abriram 2 a 0 com a Curuzu lotada. No entanto, o Leão reagiu e empatou o jogo. Eduardo Baptista elogiou dois crias da base remista.
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"Foi um primeiro tempo ruim. Conversamos bastante, mas levamos resquícios de domingo para dentro do campo. O Paysandu entrou ligado, muito atento e nós perdemos as divididas, a segunda bola. No intervalo consertamos isso. Uma conversa mais dura, mas principalmente uma organização tática. Acho que a entrada dos dois meninos, tanto o Ronald quanto como o Mafra, deram uma outra nuance ao jogo. Fizeram o que nós pedimos no primeiro tempo, o enfrentamento, de levar a bola para o fundo e fazer essa bola chegar na área. Nós temos um centroavante que tem faro de gol, tem presença de área, mas essa bola tem que chegar nele. Foi o que os dois fizeram. Os gols saíram dessas jogadas. Ficamos feliz, são dois garotos que temos trabalhado, apesar do pouco tempo, e responderam bem", explicou o técnico Eduardo Baptista.
Apesar dos pesares, por conta de estar com ritmo de jogo, com um elenco que disputou a Segundona quase completo e com um adversário sem jogar há três semanas e com um plantel bastante reduzido, o Remo era visto com um pouco de superioridade. No entanto, o Papão usou a força da torcida e entrou com sangue nos olhos.
"Não fomos surpreendidos de maneira nenhuma. Conheço o treinador do Paysandu, muito competente. Estamos jogando na Curuzu, com a casa cheia. Já sabíamos que iríamos tomar essa pressão. O que foi ruim foi a maneira com que entramos. Desatentos, perdendo as divididas, perdendo as segundas bolas, ficando desprotegido. Isso foi prejudicial para nós", enfatizou Baptista.
No intervalo, o lateral-direito Wellington Silva falou em entrevista à TV Cultura que o Remo precisava esquecer o rebaixamento e ter vergonha na cara. Sem dúvidas, o Leão voltou de outra forma após as correções feitas por Eduardo Baptista e as substituições que ele promoveu. Ele contou um pouco sobre o papo no vestiário.
"Foi uma mudança de atitude. Tinha muita correção tática a se fazer. O que tinha era que ter uma mudança de postura defensiva sem a bola, ser mais agressivo e com a bola fazer o que os dois meninos fizeram. Ir para cima dos laterais, fazer essa bola entrar na área, pois tínhamos presença de área, tínhamos o Neto Pessoa, tinha mais gente chegando dentro da área e sabemos que somos muito perigosos. A conversa foi nesse tom", comentou.
Entrada de Gedoz:
"Precisávamos de uma mobilidade maior, a bola não estava parando no nosso pé. A entrada do Gedoz foi para dar essa estabilidade, dele receber essa bola e girar. Quis tirar um volante e naquele momento o Neto Moura era o jogador que escolhemos. Recuamos o Erick Flores e conseguimos conter o ímpeto do Paysandu", ponderou.
Saída de Thiago Mafra:
"O Mafra foi a primeira vez que foi utilizado. Ficamos com um pouquinho de receio de como é que ele ficaria até depois do jogo. O jogo ia virar mais defensivo, já que estávamos com um a menos, e o Ronald, já com uma rodagem um pouco maior, já tem uma leitura defensiva melhor e eu tinha preocupação que, com um a menos, o Mafra tivesse alguma dificuldade de marcação. Mas os dois estavam bem, os dois criaram situações", explicou.
Trabalhar no Clássico Rei da Amazônia:
"Muito especial. É um ambiente muito bom, é gostoso jogar um clássico com torcida e fazendo um grande jogo. Acho que foram dois tempos distintos. O primeiro foi com mérito do Paysandu e o segundo do Remo. Vejo, se não houvesse a expulsão, talvez poderíamos ter um resultado diferente. Vínhamos crescendo dentro da partida, dominando o jogo e aí a expulsão freia um pouco o ímpeto, os planos. Mas nós tivemos sabedoria, tivemos entrega para terminar o jogo empatado e levar a decisão para o Baenão", finalizou.
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