Federação Paraense de Futebol brinca ao gerir nosso estadual

A cada ano que passa, o futebol paraense vai regredindo no tempo. Por conta de toda evolução que o mundo passou e vem passando, a realidade era para ser bem diferente. No entanto, a Federação Paraense de Futebol (FPF) se esforça, a cada dia mais, para prejudicar a competição estadual, a tornando menos atrativa para todos.

Antes da bola rolar, no final de dezembro de 2021, a FPF entrou em um processo cheio de problemas envolvendo as eleições para presidente, após denúncias de suspeitas de irregularidades em uma das chapas. Graciete Maués, presidente da Tuna Luso, assumiu o cargo de maneira interina. O Ministério Público do Pará deu um ultimato à FPF para realizar a seleção, mas, até agora, nada aconteceu.

Outra coisa que a nossa federação faz vista grossa são para as condições dos gramados. Faz anos que imprensa, torcedores e clubes falam sobre os problemas, mas a FPF espera eles acontecerem para agir. Na terceira rodada, o jogo entre Independente e Paysandu foi suspenso do Estádio Navegantão por conta das condições do campo, que foram expostas na partida do Galo contra o Itupiranga. O adiamento do jogo só aconteceu porque o Papão entrou com um pedido.

Na última rodada, toda a rodada teve que ser adiada por problemas na logística da partida entre Amazônia e Itupiranga, no CT do Clube do Remo. Toda situação ocorreu após maré-baixa na travessia para Outeiro, onde fica a praça esportiva. Vocês, da FPF, vão dizer que não sabiam que naquele horário que antecedia o jogo, marcado para as 15h30, as balsas não atravessavam por conta da maré? Tábuas de Maré tá ai para quê?

Ainda envolvendo a última rodada, quando a bola finalmente rolou, o Paysandu visitou o Castanhal. Em um Modelão cheio de lama no campo, o futebol saiu prejudicado. O campo que o Japiim manda seus jogos já vem recebendo críticas faz anos, mas a FPF sempre espera o problema chegar para agir. Nesta terça-feira (8), uma visita técnica foi realizada e a praça esportiva foi fechada para jogos.

Os problemas sempre são "resolvidos" quando Paysandu ou Clube do Remo, equipes da capital e mais tradicionais do Estado, fazem reclamações. O CT do Leão não tem condições de jogo. O campo também enche de lama quando chove. O Caeté alertou sobre o problema quando foi enfrentar o Amazônia, mas a nossa federação fez vista grossa.

O Parazão de 2022 está suspenso após o Tribunal de Justiça Desportiva do Pará (TJD-PA) acatar a denúncia feita pelo Paragominas contra o Bragantino, que teria utilizado o atleta Hatos Arthirso da Silva Vida de maneira irregular durante toda a fase classificatória. Ou seja, as quartas de final, que começariam nesta quarta-feira (9), estão suspensas.

A Segundinha de 2021 esperou quase um mês para realizar a final, após denúncias do São Raimundo contra o Parauapebas nas quartas de final, o que atingiu o Caeté, que era semifinalista. Jogos foram refeitos, após um grande atraso. Campeonatos de categorias de base também passam por problemas de denúncias. Se formos falar tudo aqui, ficaremos até a próxima semana. FPF, respeite os clubes, os torcedores, a imprensa e o futebol paraense.