Em um processo que se arrasta desde o dia 28 de dezembro de 2021, quando a desembargadora Eva de Moraes, do Tribunal de Justiça Desportiva do Pará (TJD-PA), acatou as ações movidas pela Liga de Castanhal e pela chapa "Futebol de Primeira", liderada por Paulo Romano. A liga pediu, na ocasião, a suspensão da votação por supostas irregularidades no processo eleitoral. Agora, com renúncia da antiga comissão eleitoral, que era presidida pelo advogado Antônio Cândido Barra Brito, a data para a escolha do novo presidente da Federação Paraense de Futebol que tem como lema "ensinar o Brasil a fazer futebol", fica cada vez mais indefinida.

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Além dos tantos problemas apresentados e irregularidades divulgadas, que impediram a realização do pleito para a escolha do novo presidente que ficará no cargo até final de 2026, a criação de uma nova comissão eleitoral volta a ser a prioridade para a presidente interina, Graciete Maués, que se mantém no cargo há mais de 100 dias. “Já estou fazendo os ajustes finais para a divulgação da nova comissão eleitoral que vai dirigir o processo de eleições na Federação Paraense de Futebol. Acredito que até o final desta semana já conheceremos os novos integrantes”, afirmou a dirigente. 

Pelo estatuto da entidade, o atributo da organização, convocação e divulgação das ligas aptas ao voto, bem como a nomeação do novo mandatário, devem ser feitas pelos novos membros da comissão eleitoral. Com relação a data da disputa, devido a mais uma suspensão das eleições, ocorrida no último dia 20, através de decisão tomada pelo desembargador Amilcar Roberto Bezerra Guimarães, do Tribunal de Justiça (TJ-PA) até agora, tudo continua indefinido, como frisa Graciete. "Não tenho como certificar de uma nova data, pois esse é um atributo da própria comissão. Eles vão ajustar uma nova data e os assuntos pertinentes ao pleito”, conclui. 

Enquanto isso, os candidatos à presidência da FPF, Paulo Romano e Ricardo Gluck Paul, aguardam uma nova data para que todo o processo seja definido e as eleições, após tantos problemas, possam ser realizadas. Além do mais, por causa de tantos problemas ocasionados ao longo do processo, a possibilidade de se ter uma intervenção por parte da Confederação Brasileira de Futebol, para indicar o novo presidente da entidade, também não está descartada.

Graciete está à frente da FPF desde janeiro e até agora as eleições não foram realizadas Foto: Tuna Luso

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