Após a eliminação na Série C do Brasileiro, no último sábado (13), o presidente do Clube do Remo, Fábio Bentes, apareceu para conceder entrevista coletiva nesta terça-feira (16). O mandatário azulino falou sobre diversos temas, além de anunciar as saídas do técnico Gerson Gusmão, do executivo de futebol Ney Pandolfo e do coordenador técnico João Galvão.
Confira outras partes da entrevista:
Planejamento errado:
"Assumimos a responsabilidade do planejamento não ter dado certo. No início do ano, montamos uma estratégia e ficou claro que nosso objetivo era a Série B. Montamos times distintos. No paraense, um investimento baixo. Conseguimos ser campeões graças a união do elenco. A estratégia deu certo. No Brasileiro, fizemos um investimento maior. Quando anunciamos as contratações, não teve uma única pessoa, seja torcida ou imprensa, que disse que não iam dar certo (O DOL tem exemplos, Fábio: Veraldo, Luan Rodrigues, Bonamigo, Leandro Carvalho). Os torcedores festejaram as contratações de um nível elevado. Os jogadores tiveram anos anteriores bons (Pimpão fez 43 jogos no Operário e marcou três gols), todos estavam em atividades. Não trouxemos apostas. Naquele momento, montamos um time que no papel era para subir e disputar o título. Era o nosso planejamento. Infelizmente isso não se transferiu para dentro do campo. Estamos fazendo as avaliações para saber o motivo de isso não se concretizar. Mas dentro do que foi planejado, investimos para que acontecesse", destacou.
Gastos em 2022 e Futuro:
"Dentro de muitas especulações, esclareço que o time nunca custou R$ 1,5 milhão. O valor da folha dos jogadores era em torno de R$ 700 a R$ 750 mil reais. Variava porque alguns jogadores tinham cláusulas de desempenho de tantas partidas jogadas. Então, houve a oscilação no valor. Mas o custo do futebol era R$ 1 milhão, levando em consideração outras despesas, como da comissão técnica. Essa foi a realidade. Não atrasamos. Agora, estamos fazendo as rescisões, entrando em acordo com os atletas. Não queremos problemas para o futuro, para que possamos começar 2023 sem nenhuma pendência de 2022. Reconhecemos que o planejamento geral não deu certo. Há algumas avaliações internas sendo feitas. Mudanças drásticas irão ocorrer para que ano que vem a gente consiga esse o objetivo do acesso. É momento de repensar. Não adianta fazer nada imediatamente. Temos tempo", enfatizou.
Estrutura:
"Não podemos jamais descartar as mudanças que estão acontecendo no clube. Ainda não estão todas concretizadas. O clube ainda não está como gostaríamos. Estamos com pouco mais de três anos de mandado onde conseguimos transformar muitas coisas. Temos uma parceria com a torcida. Reabrimos o Baenão, compramos o NASP, o centro de treinamento. Essas coisas do ponto de vista de estrutura. São coisas que estão acontecendo no clube e que estão sendo feitas não só por mim, mas por pessoas que estão remando na mesma direção", ponderou.
Situação Financeira:
"Colocamos as dívidas trabalhistas em dia. No início de 2023, a gente zera. Negociamos e estamos pagando rigorosamente as dívidas tributárias. Estamos em uma fase para, a partir do ano que vem, negociar as dívidas cíveis. Que é um outro grande problema do clube que ainda não foi resolvido. Mas estamos fazendo por etapas, resolvendo aos poucos esses problemas. É natural que não consigamos ter um investimento e atenção necessária que o futebol exige quando há essa reestruturação. Claro que o futebol é o carro-chefe, mas estamos pensando em um clube do Remo para o futuro", ressaltou.
Em campo:
Mesmo com a redução do investimento, nesses três anos, chegamos em três finais, ganhamos três títulos e conseguimos um acesso. Infelizmente, neste ano não conseguíamos o que pensamos, que era o acesso. Mas na última rodada tivemos chances de classificação. Se tivéssemos ganho nosso jogo tínhamos passado de fase. Infelizmente os jogadores não tiveram competência em campo para ganhar do Botafogo-SP. Por conta disso, estamos eliminados. Mas em vários outros jogos poderíamos ter resultados melhores e não tivemos o aproveitamento que poderíamos. Essa avaliação está sendo feita. Precisamos de um tempo para enxergar algumas coisas. Talvez tenhamos errado no perfil de alguns atletas. Precisamos de atletas com menor técnica e mais guerreiros. Isso é uma coisa que já posso adiantar para vocês", explicou.
Ambiente Interno:
"No geral, o Clube do Remo está pacificado. Tem o conselho deliberativo, assembleia geral, conselho diretor. Todos caminhando na mesma direção, falando a mesma língua, entendendo que o Clube do Remo está em processo de reestruturação. Após isso, a exemplo de outros clubes, vamos estar prontos para disputar e conquistar tudo o que a torcida merece", finalizou.
Confira a entrevista completa:
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