Enquanto colhe os frutos de uma passagem marcante pelo Paysandu, na época em que o time conseguiu os maiores feitos de um clube paraense, o atacante Iarley tem trabalhado duro para reverter a atual situação. Com apenas um gol marcado no campeonato, justo contra o rival de logo mais, ele espera deslanchar e ajudar o time a largar na frente por uma vaga na final do segundo turno, e, se possível, melhorar a imagem com a torcida.“É o jogo mais importante porque dá a condição de irmos para a final. E se passar pela final já temos o campeonato garantido”, ressalta.

O jejum de gols, obviamente não é bem recebido por qualquer atacante, sobretudo no time detentor da artilharia mais pesada do campeonato. Aliás, não só Iarley, mas entre os artilheiros, tanto João Neto quanto Rafael Oliveira estão em falta com as redes adversárias.

“Já fiz algumas partidas e não marquei. O Re-Pa é um jogo que gosto muito e marcar gol nele será muito importante para o time”, acrescenta o companheiro João Neto, mais cotado para formar a dupla com Iarley.

O ídolo, aliás, tem noção das cobranças que o esperam e diz que é o primeiro a pôr a mão na consciência sobre o seu papel dentro do clube. “Eu sou o primeiro a me cobrar. Tem que ter mais gols, mas também sou bem tranquilo de que, por exemplo, nós estamos ganhando e isso vai camuflando.

Se a gente estivesse perdendo, a primeira cabeça a pedirem seria a minha. Eu sei disso, não sou nenhuma criança”, garante, sem desmerecer o senso de oportunismo que lhe rendeu o gol de honra na estreia pelo Papão, no primeiro clássico do ano. “Eu trato de estar ali naquele momento, para definir uma jogada, mas estou tendo até um pouco de falta de sorte naqueles momentos, mas o atacante vive de gol e eu trabalho para isso”, completa o esperançoso atacante bicolor.

(Diário do Pará)

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