À medida que Belém consolida sua imagem como uma das capitais culturais mais vibrantes do país, um novo fator promete reposicionar a cidade no mapa do turismo nacional: a presença do Clube do Remo na Série A do Campeonato Brasileiro.
A capital paraense em 2025 atraiu visitantes de todos os cantos do mundo durante a realização da COP30 (Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas), fazendo com que Belém entrasse de vez no mapa do turismo nacional e internacional para os próximos anos.
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E se o setor, que já estava bastante aquecido por causa da conferência, com o retorno do Leão Azul à elite, além de provocar uma onda de euforia entre os torcedores, acende um sinal verde para oportunidades econômicas raras, especialmente no setor turístico, que enxerga no futebol uma vitrine de alcance incomparável. Em uma cidade que combina gastronomia única, patrimônio histórico e a força simbólica da Amazônia, cada jogo no Mangueirão tem potencial para se transformar em um motor de atração de visitantes.
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A entrada do Remo na Série A irá ampliar o fluxo de turistas, especialmente em dias de partida, quando torcedores de grandes clubes do eixo Sul-Sudeste deverão desembarcar na capital paraense. São visitantes, acompanhados de imprensa, patrocinadores, equipes de transmissão e influenciadores esportivos, que acabam movimentando hotéis, bares, restaurantes e serviços de transporte. A expectativa é de ocupação elevada em hospedagens próximas ao Mangueirão nas semanas de jogos, replicando um fenômeno comum a outras capitais que têm clubes na elite.

Além do impacto direto no fluxo de pessoas, Belém passa a ganhar exposição orgânica na mídia nacional. Jogos transmitidos para todo o país carregam imagens da cidade, desde as paisagens do Ver-o-Peso e da Estação das Docas até a imponência do próprio Mangueirão. É um tipo de divulgação contínua e gratuita que dificilmente seria alcançada com campanhas tradicionais — e que reforça a imagem da capital como porta de entrada da Amazônia.
O cenário abre também espaço para a criação de novos produtos turísticos. Com o movimento provocado pelo Remo, empresas especializadas podem explorar pacotes temáticos que unem futebol, cultura e gastronomia. A ideia é que visitantes possam assistir a uma partida e, no mesmo fim de semana, conhecer a ilha do Combu, experimentar a culinária amazônica, visitar o Mangal das Garças ou circular pelas tradições do centro histórico de Belém. A integração entre roteiros culturais e esportivos transforma a ida ao estádio em mais do que um evento: vira uma experiência completa na cidade.

O fortalecimento da identidade local provocado pela campanha azulina também pode ter efeito no clima urbano. Ambientes temáticos em aeroportos, shoppings e centros comerciais tendem a surgir conforme o engajamento da torcida cresce. Esse sentimento coletivo cria um ambiente receptivo aos turistas, que encontram uma cidade mobilizada, vibrante e envolvida com o momento esportivo.
No entorno do Mangueirão, o impacto será imediato. Comerciantes, ambulantes, bares e restaurantes devem viver um ciclo de faturamento ampliado em rodadas importantes. A recente requalificação da área do entorno do estádio permite que novos empreendimentos sejam voltados ao turismo esportivo, como tours guiados, museus do clube e espaços de experiência dedicados ao Remo.
A presença na elite do futebol também insere Belém de forma definitiva no circuito do turismo esportivo nacional. Jogos contra Flamengo, Corinthians, São Paulo, Palmeiras, Vasco da Gama e Botafogo, por exemplo, têm histórico de mobilizar caravanas de torcedores. Cada rodada, portanto, funciona como uma vitrine capaz de atrair visitantes que talvez nunca tivessem colocado Belém no radar turístico.
O movimento tende a estimular investimentos em infraestrutura, especialmente em mobilidade, melhoria de vias de acesso ao estádio, fortalecimento do transporte público e incentivos à hotelaria.
A ida do Remo à Série A, portanto, extrapola o campo esportivo e se transforma em um fenômeno urbano e econômico. O clube oferece à capital paraense uma oportunidade rara de reposicionamento nacional, sustentada pela combinação entre paixão popular, potencial turístico e o simbolismo de levar a Amazônia ao centro do futebol brasileiro. A chance, agora, é de transformar cada rodada em uma vitrine da cultura e da identidade belenense.
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