As coisas estão difíceis para o homem que tentou acender um debate sobre monumentos que fazem homenagens a figuras controversas como os colonizadores do Brasil, por exemplo.
O ativista Paulo Galo admitiu ter ateado fogo a uma estátua do bandeirante Borba Gato, personagem histórico, marcado por denúncias de torturas e estupros contra indígenas durante o século 18, em São Paulo. Desde então, começou o seu calvário.
O Tribunal de Justiça de São Paulo negou neste domingo (8), um pedido de liberdade provisória do entregador. O homem foi preso junto com sua esposa, mas ela foi liberada no dia seguinte. Paulo permanece preso.
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Detido desde o dia 28 de julho, Paulo Galo admitiu participação no incêndio à estátua de Borba Gato, localizada na zona sul de São Paulo. Ele afirmou que queria estimular a sociedade a debater mais sobre a memória de seus monumentos, muitos que homenageiam personalidades históricas ligadas a genocídio, pedofilia, estupro e outros tipos de barbaridades. Borba Gato foi conhecido pelos métodos cruéis que aplicava para submeter indígenas.
Em sua decisão, o juiz plantonista Xisto Rangel afirmou ainda que, em razão das manifestações de apoio que o entregador tem recebido, sua soltura “fatalmente poderá servir de estímulo a que muitos outros que nele se espelham – ou que o glorificam pelo que fizera -, se sintam estimulados à replicação”.
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