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IDOSOS

Ambientes domésticos devem ser mais seguros aos idosos

Confira algumas dicas simples para proteger os mais velhos de acidentes que podem se tornar graves

Imagem ilustrativa da notícia Ambientes domésticos devem ser mais seguros aos idosos camera Quanto mais idade, maior o risco de quedas dentro de casa, segundo dados de especialistas. | Foto: Mauro Ângelo

A prevalência de quedas entre a população idosa residente em áreas urbanas chega a 25% no Brasil. O cenário apontado pela última edição do Estudo Longitudinal da Saúde dos Idosos Brasileiros (ELSI-Brasil), pesquisa financiada pelo Ministério da Saúde, chama a atenção para a necessidade de tornar o ambiente doméstico mais seguro para as pessoas mais velhas, o que pode ser feito até mesmo com adaptações simples.

Em decorrência do próprio processo de envelhecimento natural do corpo, a pessoa idosa tende a apresentar uma perda na sua capacidade funcional no que se refere à força, à resistência, ao movimento e à coordenação. Levando tudo isso em consideração, portanto, o ideal é que os recursos disponíveis no ambiente doméstico proporcionem o menor esforço possível para a pessoa idosa, para que ela consiga realizar as atividades corriqueiras sem desequilíbrios ou maiores riscos de queda.

A professora do curso de Terapia Ocupacional da Faculdade de Fisioterapia e Terapia Ocupacional da Universidade Federal do Pará (FFTO/UFPA), Manuela Lima Rocha, explica que a queda é o acidente doméstico mais frequente entre as pessoas idosas e costuma ser preocupante. “Aqueles que já caíram, tendem a ter maior frequência de novas quedas. Aquela pessoa idosa mais longeva, que é aquela que tem em torno de 80 anos, também tem maior chance de cair. E é preciso tentar prevenir para que não haja consequências maiores e até mesmo chegar a óbito, o que muitas vezes ocorre diante do acontecimento de algum acidente doméstico com as pessoas idosas”, aponta. “Além da queda em si ser muito mais grave para a pessoa idosa, do que para uma pessoa mais jovem, é preciso considerar também a recuperação dessa pessoa idosa. Se essa pessoa idosa tiver algum tipo de torção ou fratura, por exemplo, a recuperação dela vai ser mais demorada e, ela vai precisar de uma equipe que dê um suporte nessa recuperação”.

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No campo da terapia ocupacional, a professora explica que os profissionais da área também atuam na orientação à reorganização dos objetos que essa pessoa idosa utiliza no seu dia a dia. E as medidas podem ser desde as mais simples, como colocar os utensílios domésticos mais utilizados em armários mais baixos, evitando o uso de recursos como banquinhos ou escadas, até mesmo adaptações arquitetônicas na residência onde vive essa pessoa idosa.

A professora destaca que é preciso, também, sensibilizar e orientar a pessoa idosa sobre como ela pode proceder para reduzir os riscos de acidentes domésticos. “É muito comum a gente observar nas nossas intervenções que essa pessoa idosa, muitas vezes, ainda não compreendeu o seu corpo nesse declínio natural”.

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A professora Manuela da Rocha explica que existem dois tipos de declínio no processo de envelhecimento e um deles é a senescência, que é um envelhecimento natural. “Naturalmente, nessa fase da vida e até mesmo na fase adulta mais tardia, a gente já está envelhecendo. Então, logicamente, a nossa coordenação, a nossa locomoção, resistência e força já vão apresentando um declínio natural. O que acontece, muitas vezes, é que essa pessoa idosa possui certa autoconfiança, um comportamento que, de certa forma, não identifica uma exposição ao risco. Ela não reconhece como está o nível das suas habilidades nesse novo momento e aí vem a situação de eles acharem que ainda conseguem fazer aquela determinada coisa e muitas vezes não conseguem”.

Em outros momentos, há situações voltadas para questões clínicas. É o que se chama de senilidade, que é o envelhecimento patológico. “Por exemplo, é muito comum nos idosos doenças osteomusculares, as doenças neurológicas que podem levar a esses acidentes”, explica a terapeuta ocupacional. No que se refere às mudanças no ambiente doméstico, a professora destaca que, naturalmente, é preciso considerar a condição econômica dessa pessoa idosa e do seu contexto familiar, mas, de qualquer modo, também é possível promover mudanças que não necessariamente demandem alto grau de investimento. “São orientações que estão disponíveis no comércio, que as famílias podem adquirir, mas têm soluções de baixo custo que também podem ser adotadas”, pontua.

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